Mais de 100 países caíram na armadilha da renda média, entre os quais o Brasil, afirma Indermit Gill, economista-chefe do Banco Mundial. Nada mais oportuno que buscar imediatamente as saídas que nos conduzam ao panteão da renda alta, ao menos o dobro da nossa renda per capita atual. De 1950 a 1980 o Brasil foi o país que mais cresceu no mundo, com uma média de crescimento sempre acima da média mundial. Desde então, a renda por PPP, que era de U$ 11 mil deve ficar em U$ 16 mil em 2024, crescimento pífio. A economia brasileira que significava 4,3% da economia mundial hoje refluiu para 2,3%. Claro, o país melhorou muito: inseriu milhões da pobreza, universalizou a educação, fez uma classe média alta emergir e viu seu agronegócio florescer. As questões estruturais que nos mantém na armadilha, no entanto, são profundas e estão a exigir o esforço de todos nós. Baixa produtividade e escolaridade, população envelhecida antes do enriquecimento, burocracia, juros e carga tributária altos, infraestrutura insuficiente e desigualdade brutal.