Nos períodos eleitorais, a insatisfação e descrença dos cidadãos no processo político resultam em votos de protesto, votos em branco ou abstenção. Essas atitudes, embora legítimas, acabam fragilizando a democracia, pois afastam eleitores da cena política, abrindo espaço para políticos sem compromisso efetivo, e desviando o foco do real problema: a desconexão entre as políticas públicas executadas e as demandas sociais. A responsividade do processo político envolve o quanto as decisões dos gestores públicos correspondem às preferências da comunidade. Ou seja, em que medida as políticas públicas atendem às reais necessidades dos cidadãos. Segundo Emmette Redford, especialista na área, avaliar essa responsividade relaciona-se com a moralidade democrática, que implica garantir que o sistema político induza o máximo potencial dos indivíduos, oferecendo atenção às suas necessidades e permitindo sua participação nas decisões.