O avanço tecnológico colocou o celular como uma ferramenta indispensável no dia a dia, mas seu uso indiscriminado nas escolas traz mais desafios do que benefícios. Apesar de sua popularidade, o celular é, em muitos casos, um item sem finalidade pedagógica no ambiente escolar, contribuindo para distrações, baixo desempenho acadêmico e até problemas de saúde mental em crianças e adolescentes. No Brasil, o uso de celulares em sala de aula é regulamentado por legislações como a Lei Federal nº 12.730/2018, que proíbe o uso de aparelhos eletrônicos, salvo em atividades pedagógicas autorizadas. Essa norma reconhece que o celular pode ser uma ferramenta útil, mas apenas quando utilizado com objetivos claros e sob a supervisão de educadores. Famílias têm um papel fundamental nessa questão. O comportamento digital das crianças e adolescentes começa em casa. Quando os pais cedem à pressão de que “todos têm celular”, muitas vezes acabam expondo os filhos a riscos desnecessários, como distração excessiva, dependência digital, ansiedade e até cyberbullying. Pesquisas apontam que cerca de 86% das crianças e adolescentes brasileiros que usam a internet possuem perfil em redes sociais, muitas vezes sem supervisão adequada.