O namoro de Trump e Lula vai de vento em popa, mas dois novos ingredientes exigem ajuste fino: a decisão da China de proteger suas terras raras, ou minerais estratégicos, e o Prêmio Nobel da Paz para a líder da oposição na Venezuela, Maria Corina Machado. O Brasil, como os EUA, tem tudo a ver com terras raras e Venezuela. O foco da agenda brasileira para o encontro Lula-Trump, olho no olho, é economia, comércio e fim das sanções contra autoridades brasileiras, como suspensão de vistos e Lei Magnitsky contra ministros do STF, mas Trump tem a sua própria agenda e é um negociador duro, que se diverte com a aflição do interlocutor. O Brasil tem a segunda maior reserva mundial de terras raras, essenciais para tecnologias de ponta, de carros elétricos e computadores à indústria bélica, e, portanto, disputadas a tapa pelas potências. As restrições da China às suas reservas enfureceram Trump, que retalia com 100% de tarifas para produtos chineses e acende um sinal de alerta para o Brasil.