Ao entrarmos no 2º trimestre, enfrentamos um cenário marcado por grandes incertezas na economia global, agravadas pela taxação anunciada pelos Estados Unidos, em abril, impondo tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio. Vale ressaltar que, até março, os EUA absorviam 47% da produção brasileira, enquanto a China respondia por apenas 10,7%. Esses números apontam para um impacto significativo nas indústrias siderúrgicas nacionais. Embora o mercado interno possa momentaneamente se beneficiar da maior oferta interna, as consequências macroeconômicas desse cenário ainda são incertas. Internamente, a situação econômica também inspira cuidados. Uma meta de inflação extremamente restritiva, associada à alta constante de preços sentidos pelos cidadãos, levou o Banco Central a elevar a taxa Selic a ponto de termos hoje o segundo maior juro real do mundo. Para o setor produtivo, especialmente a construção civil, as consequências têm sido severas: margens reduzidas, projetos inviabilizados e um ambiente de negócios cada vez mais desafiador.