De fato, vida e ficção são irmãs, por vezes indistinguíveis entre experiências reais e criações imaginárias do gênio humano. A vida, com as suas vicissitudes e personagens, pode servir como inspiração para a ficção; enquanto a ficção, com seus enredos e protagonistas, vem refletir e até mesmo suscitar flagrantes realidades da vida como ela é. Tal constatação nos assombra, de forma espetacular, com o filme Conclave (2024), dirigido por Edward Berger e baseado no romance homônimo de Robert Haris. Um thriller político-religioso que mergulha nos bastidores da eleição de um novo papa, expondo dilemas ético-ideológicos no coração do Vaticano. Eis que, agora, o argentino Jorge Mario Bergoglio (80 anos), o Papa Francisco, primeiro pontífice latino-americano da história, foi promovido às regiões celestiais, depois de doze anos de papado. Com isso, abre-se o Conclave, para a escolha do próximo mandatário da Igreja Católica Apostólica Romana (267º), com cerca de 1 bilhão e quinhentos milhões de fiéis batizados, em todo mundo.