Sou uma psicanalista que acredita na vida como encontros e o que nos tornamos a partir de cada um deles. Quando há encontro, há troca, o que eu sou vai para você e o que você é vem para mim. Trocamos informações que, seria esse o objetivo, nos ajudam a viver melhor. Você já parou para pensar que essa característica de um ser humano compor com um outro para nutri-lo daquilo que ele ainda não sabe, é um tipo de cooperativa cerebral universal do Homo sapiens? E segundo o maior historiador contemporâneo, Yuval Harari, é esse o fator mais importante para nossa existência e sobrevivência como espécie. Já que encontros existem, você agora é convidado a participar de um entre uma psicanalista, Luciene Godoy e uma cooperativista Nárcia Kelly. Um tempo atrás, durante uma conversa com essa minha amiga, analista e pesquisadora, ouvi pela primeira vez a expressão cooperativa cerebral. Falávamos sobre o Projeto Bebê Canguru, criado para oferecer ao recém-nascido a termo um “útero externo” como o dos cangurus, para proporcionar aos bebês um “desmame” do corpo da mãe com menos angústia e mais prazer. Implantamos o programa em Bela Vista de Goiás, e ele ganhou visibilidade internacional.