A maternidade aproxima a mulher da natureza humana de maneira visceral. Estamos diariamente em contato com o potencial e a vulnerabilidade nossa e do bebê. A função materna nos ensina de maneira muito especial sobre a vida e a morte, trata-se de uma experiência integradora que promove senso de realidade e expande, para a grande maioria das mulheres, a solidariedade. É interessante pensar que o termo “solidariedade” vem da palavra francesa “solidarité”, a qual se origina do adjetivo “solidaire”, que significa “inteiro e sólido” e também pode remeter para uma responsabilidade recíproca. A maternagem nos faz experimentar a interdependência e nos ensina que, apesar de sermos inteiros e capazes, não somos completos: sempre precisamos uns dos outros para atender às necessidades humanas. As mães, em sua maioria, conseguem acolher com maior empatia as dores do mundo, principalmente o sofrimento das crianças.