“No meio do caminho tinha uma pedra”, escreveu Drummond, traduzindo em versos o impacto de um diagnóstico de câncer: uma pedra imensa que nos obriga a parar, refletir e, sobretudo, lutar. O câncer é essa pedra – dura, fria e silenciosa –, mas hoje não é mais uma sentença de morte. A medicina e a estrutura pública de saúde evoluíram e mostram que é possível viver, tratar e superar. Como disse Guimarães Rosa, “o que a vida quer da gente é coragem” – e coragem temos de sobra. Coragem para enfrentar a doença e mudar a cultura do medo que dizia: “quem procura, acha”, desencorajando a prevenção e fazendo do diagnóstico precoce um tabu ou uma condenação. Agora, com os avanços, podemos afirmar com firmeza: quem procura, cura! A diferença entre a vida e a morte, muitas vezes, está na rapidez do diagnóstico. Por isso, Goiás escolheu caminhar firme por esse novo percurso: tratando, prevenindo e regionalizando o atendimento oncológico.