Empreender no Brasil exige mais do que coragem e determinação. É preciso estratégia, conhecimento e adaptação a um mercado que se transforma rapidamente. Seja no campo ou na cidade, nas pequenas lojas ou nas indústrias, o sucesso de um negócio não depende apenas de boas ideias, mas de planejamento e gestão eficiente.

Quem entende isso cresce com segurança, aproveita as oportunidades e se mantém competitivo diante dos desafios do cenário econômico. A capacitação profissional é um dos pilares para o desenvolvimento sustentável das empresas.

Não basta apenas ter um bom produto ou serviço; é fundamental estar preparado para gerenciá-lo de forma eficiente, e o conhecimento faz toda a diferença. O Sebrae tem sido esse parceiro estratégico para os empreendedores brasileiros.

Levamos consultores para dentro das empresas, analisando os desafios e apresentando soluções personalizadas para impulsionar negócios; facilitamos o acesso a subsídios para inovação e modernização de processos e produtos, permitindo que os negócios evoluam e se adaptem às novas demandas do mercado; promovemos cursos diversos; realizamos missões empresariais e muito mais.

Na parte de gestão, a capacidade de tomar decisões é um diferencial competitivo. Consultorias especializadas ajudam empreendedores na definição de estratégias empresariais, na criação de campanhas de marketing e vendas eficazes, no desenvolvimento de equipes mais produtivas e na administração de suas finanças com inteligência. Quem gerencia com clareza e planejamento reduz riscos, melhora a eficiência e se posiciona melhor no mercado.

Outro fator decisivo, que o Sebrae Goiás sempre destaca junto aos pequenos negócios, é o planejamento para acesso a crédito e financiamentos. Muitas empresas possuem projetos promissores, mas esbarram na falta de recursos para conseguirem se expandir.

Um investimento bem planejado pode ser o ponto de virada para um pequeno negócio se consolidar e crescer. Porém, é preciso mais do que dinheiro: é necessário saber como utilizá-lo de forma estratégica, otimizando recursos e direcionando investimentos de forma correta.

E nos últimos anos temos visto um movimento crescente de empreendedores que buscam internacionalização e novas oportunidades no exterior. Expandir para mercados fora do Brasil exige conhecimento, preparo e um olhar atento às demandas globais. Pequenas empresas podem usufruir dessas oportunidades, desde que se estruturem corretamente, e esta é outra frente em que o Sebrae atua dando suporte.

Nesse cenário desafiador, contar com apoio especializado faz toda a diferença. O Sebrae tem sido um aliado, oferecendo soluções práticas, inovação e capacitação para quem quer crescer de forma estruturada. A campanha “Chama o Sebrae” reforça essa missão, conectando empresários a oportunidades concretas de crescimento.

Empreender não é uma jornada solitária, e nenhum grande negócio prospera sem orientação. Quem planta estratégia e gestão colhe resultados. E para quem deseja trilhar esse caminho com inteligência, o apoio certo faz toda a diferença.

José Mário Schreiner, presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae Goiás

Crescer com inteligência

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José Mário Schreiner

Apesar da suspensão, na véspera, dos julgamentos da deputada Carla Zambelli e da cabeleireira Débora Santos, com pedidos de vista dos ministros Nunes Marques e Luiz Fux, a primeira turma do Supremo deve começar nesta terça (25) e decidir se acata ou não a denúncia da PGR contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe. A tendência é de julgamento sem vistas, rápido, terminando com o ex-presidente e sete outros no banco dos réus. E não será surpresa se for por unanimidade.Cada coisa no seu devido lugar. Sabe-se lá por que Nunes Marques resolveu adiar o julgamento de Zambelli por sair desvairada pelas ruas de São Paulo, com arma em punho, atrás de um cidadão depois de um bate-boca, mas o ministro simplesmente não integra a primeira turma e não vota na decisão sobre acatar ou não a denúncia contra Bolsonaro. Se quis agradar ao ex-presidente, que o nomeou, gastou a chance com Zambelli.Já Luiz Fux, que, sim, integra a primeira turma, pediu vista do julgamento de Débora Santos, “para se informar melhor”, depois que os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram por 14 anos de prisão para ela, que no 8/1 pichou “perdeu, mané” na estátua “Justiça”, em frente ao STF. Uma pena muito alta. Mas Fux não pretende adiar o julgamento do primeiro e mais importante núcleo do golpe, liderado por Bolsonaro. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.A previsão, portanto, é que o Brasil assista nesta semana não só a mais um ex-presidente no banco dos réus, mas também a três generais e um almirante de quatro estrelas, um tenente-coronel da ativa, um ex-ministro da Justiça e um diretor geral da Abin, a agência de inteligência da Presidência, órgão de Estado.São esses os apontados como “cabeças do golpe”, o que carrega a pesada carga do imediatismo e, em si, só confirma a gravidade de tudo isso. Quantos generais foram réus pelo golpe de 1964, por exemplo?Sem defesa, os acusados esperneiam e Eduardo Bolsonaro tenta mobilizar mundos, fundos, Congresso e Executivo dos EUA para livrar o pai da cadeia. Há quem pergunte qual a dimensão e a abrangência desse movimento do 03 e seu asseclas. Não se sabe ao certo, mas convenhamos que Donald Trump tem mais com que se preocupar.Ainda mais depois de o bilionário Elon Musk vasculhar segredos de Estado no Pentágono e as cúpulas de Defesa vazarem para um jornalista, num grupo de internet, informações altamente sensíveis de Segurança Nacional. Um escândalo por dia. Será que Trump está ocupado em salvar a pele de Bolsonaro? Ou o Congresso brasileiro é que articula o jogo sujo de uma anistia prévia?

Jair no banco dos réus?

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Eliane Cantanhêde

O Imposto Predial ou Territorial Urbano (IPTU) merece nossa atenção, pois sua cobrança se inicia na primeira parte do ano e se trata de tributo que atinge parcela grande da população brasileira, mesmo que indiretamente. Os impostos são espécies de tributo que decorrem de uma situação jurídica do contribuinte. Com suas receitas, o Estado não está obrigado a uma atividade específica e diretamente favorável ao pagador, mas sim a ações diversas e direcionadas à coletividade.

O IPTU, especificamente, é um dos impostos autorizados pela legislação nacional. O mesmo decorre, em linhas gerais, do fato do cidadão ser proprietário de imóvel urbano e sua receita deve ser utilizada pelo ente público para o bem geral de todos. Como, por exemplo, construção de escolas, asfalto, praças, hospitais, etc.

Vale destacar que os proprietários de imóveis transferem, muitas vezes, tal obrigação para terceiros com os quais possuem relação jurídica sobre tais bens. Isso ocorre, por exemplo, em contratos de locação. Fato lícito e expressamente autorizado pela Lei do Inquilinato.

O valor do comentado imposto é calculado a partir de uma base de cálculo, via de regra o preço de mercado do imóvel. Sobre a mesma se aplica uma alíquota, ou melhor dizendo, um fator porcentual. Diversas especificidades do bem ou de seu proprietário podem cancelar o dever de pagamento do mesmo ou reduzir seu valor final.

Em Goiânia há inúmeras regras de deflatores ou porcentuais redutores sobre o cálculo do IPTU. No mais, a localização, a situação física ou jurídica, bem como a destinação do imóvel, também impactam em seu cálculo.

Possuem regras específicas, por exemplo: imóveis com construções novas ou requalificadas de habitações coletivas nos Setores Central, Leste Vila Nova e Campinas; imóveis novos destinados a estacionamentos de veículos; alguns imóveis em construção; imóveis classificados como bens culturais; imóveis tombados; imóveis usados para cultos religiosos...

Logo, o IPTU possui apuração complexa e individualizada, o que pode gerar inúmeros equívocos pelo Poder Público em sua cobrança. Além disso, regras recentes que impedem a sua cobrança individualizada sobre lotes sem infraestrutura finalizada também denotam a mencionada complexidade.

Não obstante, por ser um imposto anual, com legislação municipal e que representa, em muitos casos, um porcentual pequeno dentre todos os demais tributos pagos pelo devedor, geralmente o IPTU não é bem compreendido ou questionado pelos pagadores. Consequentemente, muito se vê pagamentos indevidos de tal tributo.

Em Goiânia, seu pagamento dá-se, parcial ou integralmente, em fevereiro e a reclamação administrativa do mesmo deve ocorrer até 30 (trinta) dias contados do vencimento da primeira parcela ou da parcela única. Fique atento para não pagar além do devido. E, naturalmente, não deixe de fiscalizar a boa aplicação de seus tributos pagos.

Arthur Rios Júnior, advogado imobiliário e da construção

Na hora do IPTU

Arthur Rios Júnior

Mais do que um lugar para viver em comunidade, as cidades inteligentes prometem quase uma redenção urbana, integrando tecnologia, sustentabilidade e, claro, conveniência total, com tudo que é importante no nosso dia a dia a cinco minutos de distância. Quem não sonha com essa utopia de modernidade?

A casa deixou de ser apenas um lugar de abrigo, uma das necessidades instintivas do ser humano - como aponta a Pirâmide de Maslow. O consumidor não deseja mais apenas um espaço físico, mas tudo o que ele representa: uma vida mais conectada, mais feliz, mais significativa, alinhada aos valores contemporâneos.

Por isso, indo além da arquitetura do espaço, as incorporadoras precisam também se atentar para a arquitetura de comunicação, ou seja, traduzir como as aspirações e expectativas sociais do público estão sendo atendidas em cada lançamento imobiliário.

Se um anúncio mostra calçadas que se comunicam e prédios que “respiram”, o que se busca atender é o desejo de viver em um futuro sustentável. Ser “verde” não é mais apenas uma escolha consciente, mas obrigação social. Ter um imóvel sustentável é um ingresso para um seleto grupo de pessoas alinhadas à modernidade e ao meio ambiente.

Há também as cidades responsivas, que adaptam-se às necessidades do dia a dia, ajustando-se ao tráfego, ao clima e até mesmo ao consumo de energia. Por trás delas, está a inteligência artificial, o cérebro invisível dessas automações, que coleta e processa dados em tempo real, estando sempre um passo à frente de nossas necessidades.

Apesar do controle invisível que a tecnologia exerce por meio do big data e da inteligência artificial, ela desperta o sentimento de protagonismo em seus usuários. É como se a cidade fosse desenhada pensando na singularidade de cada um, o que desperta o fascínio. Quem não almeja esta posição?

E quem não quer viver num lugar onde o trabalho, o mercado e o café estão a uma caminhada de distância? O tempo é a moeda mais valiosa que possuímos, um recurso que não pode ser comprado ou recuperado e, nas grandes cidades, a consciência de sua finitude tornou-se mais premente.

Fica fácil entender porque o ideal de “walkability” se tornou uma espécie de santo graal urbano. Não se trata apenas da possibilidade objetiva de estar a cinco minutos de tudo e acessar tudo a pé. O que realmente as pessoas compram é o tempo. Ter acesso fácil a serviços, comércio e lazer é sinônimo de qualidade de vida, afinal são horas a menos no trânsito, e horas a mais para o que de fato interessa.

Cabe à arquitetura da comunicação traduzir e desenhar em palavras, imagens, cores e takes todo o impacto que um projeto irá proporcionar no privado mundo das emoções do consumidor. Mais do que vender imóveis, ela é responsável por apontar caminhos e possibilitar que pessoas vivam uma nova versão de si mesmas.

No final das contas, o que a arquitetura de comunicação faz é mais do que vender imóveis, ela cria destinos e uma nova versão de si mesmo, nos vende a promessa de uma vida mais conectada, mais feliz, mais significativa. Uma tarefa tão importante quanto à arquitetura do espaço em si, uma vez que a realidade criada na mente dos indivíduos passa a ser um mantra que conduz suas escolhas e decisões.

Eclesiastes Júnior, graduado em Filosofia e em Propaganda e Publicidade, com especialização em Branding (ESPM-SP). CEO da Lucid Arquitetura de Comunicação

Arquitetura de comunicação

Eclesiastes Júnior

Desde 2011, o Centro de Liderança Pública (CLP), em conjunto com a Economist Intelligence Unit e com a Tendências Consultoria Integrada, publica o ranking de Competitividade dos Estados brasileiros, nas mais diversas áreas da governança pública, centrado em 10 pilares e em 70 indicadores que mensuram a performance em temas como: infraestrutura, solidez fiscal, sustentabilidade social, educação e saúde.

Em 2024, a segurança pública recebeu o maior peso entre os pilares temáticos, considerado o serviço que melhor expressa o funcionamento das instituições na construção da ordem e na proteção dos direitos individuais, algo essencial para o desenvolvimento virtuoso da nação.

A análise contemplou oito indicadores principais: atuação do Sistema de Justiça Criminal; execução penal (presos sem condenação); déficit carcerário; mortes a esclarecer (porcentual de mortes por cem mil habitantes e por confrontos com forças policiais); mortalidade no trânsito (número de mortes por cem mil habitantes); segurança pessoal (homicídios/latrocínios por cem mil habitantes); segurança patrimonial (roubos e furtos); violência sexual contra mulher, crianças, idosos e hipossuficientes; crime organizado; e, transparência da informação de criminalidade (estima a higidez das informações e estatísticas publicadas, em face de mortes intencionais, notadamente quando envolve agentes do estado). As Unidades da Federação mais bem colocadas no ranking foram: Santa Catarina, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, nessa ordem. Goiás ocupa a 17ª posição.

A Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), juntamente com a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, da Câmara dos Deputados, por sua vez, publica desde 2021, o Índice de Resolutividade de Inquéritos Policiais no Brasil, no qual Goiás ocupa a 14º posição (dados/2023).

Publicações como as do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, da Adepol, e as do CLP, instituições de referência e de alta credibilidade, são eficientes ferramentas de accountability e de cobrança de resultados aos gestores públicos, com potencial para alavancar políticas públicas proficientes, por fornecerem o mapeamento dos fatores de competitividade saudável e de fragilidade para o poder público no Brasil.

Contudo, fica aqui patente que para se avaliar determinada área temática do serviço público, impõe-se uma apreciação mais acurada de vários fatores e não só aqueles que são favoráveis a determinado governo, inclusive com a contrafação dos números.

Diante desse contexto, em Goiás a conta não fecha: ou os dados acima são falsos; ou o Governo vem publicizando propagandas falsas e institucionalizadas, como “a melhor segurança pública do Brasil”, com alto índice de aceitação popular/eleitoral, sem qualquer contraditório, inclusive dos órgãos de controle estatais.

Considerando, por fim, que o relatório isento do CLP mostra que Goiás desaba sobremodo no indicador da Transparência da Informação, será que estamos vivendo dias semelhantes aos da recém-lançada minissérie da Netflix “Dia Zero”, em que a manipulação política é retratada como coluna-mestra de um sistema no qual a verdade é apenas um luxo dispensável?

Edemundo Dias de Oliveira Filho, advogado e delegado de polícia veterano. Especialista em Segurança Pública e em Políticas Públicas. Mestre em Direito Público.