O presidente da Câmara, Hugo Motta, prometeu para esta terça-feira a votação do projeto antifacções, que ele definiu como “a resposta mais dura da história do Parlamento no enfrentamento do crime organizado”. Espera-se que seja, além de dura, eficaz contra os chefões do crime, que se disfarçam em suas mansões e carrões, e não só contra os “soldados e olheiros”, que ganham pouco, servem de escudo para os mandachuvas e morrem cedo - como quantos dos mortos no Rio? Nem chefões nem “soldados” são santos, todos são criminosos, mas é preciso combater o crime principalmente pela cabeça, não pelo pé, como desde sempre, até porque a oferta de “soldados e olheiros” é farta, imensa: jovens, pretos e criados em favelas, sem oportunidade de estudar, trabalhar e viver dentro da lei. Um destino escrito nas estrelas e na desigualdade social do Brasil