Diversos estudos evidenciam que o excesso de velocidade é um fator determinante na gravidade dos acidentes de trânsito. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), um aumento de apenas 1% na velocidade média de um veículo pode resultar em um aumento de 4% no risco de colisões fatais. Isso ocorre porque, quanto maior a velocidade, menor é o tempo de reação do condutor e maior é a energia envolvida em um eventual impacto, o que reduz significativamente as chances de sobrevivência, especialmente para pedestres e ciclistas em áreas urbanas. Controlar a velocidade, portanto, não é apenas uma questão de cumprir regras, mas de proteger vidas humanas. O excesso de velocidade é, acima de tudo, um reflexo do comportamento individual do condutor, baseado em uma avaliação subjetiva de risco. Ao decidir acelerar além do permitido, o motorista considera variáveis como o fluxo de veículos, a largura das faixas, a ausência de fiscalização e, até mesmo, a percepção de impunidade.