A estatística já é conhecida mundialmente: entre as empresas familiares, apenas 36% chegará à segunda geração e somente 19% chegará à terceira. Para a economia brasileira, este é um grande problema considerando que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 90% das empresas no Brasil têm perfil familiar. Entre os motivos para esta realidade, o mais forte é o desinteresse dos herdeiros. Para quem está de fora deste contexto pode parecer um grande contrassenso, pois os maiores beneficiários do esforço de seus progenitores, que lutaram por anos para colocar um negócio de pé e gerar riquezas para toda a família, não querem a empresa dos pais. Talvez, por terem de conviver ao longo da vida com a ausência dos pais, que precisavam se dedicar à empresa, não desejam ter este estilo de vida. Este comportamento na geração Z tende a ser ainda mais forte. Uma pesquisa realizada pelo instituto de pesquisa Opinion BoX em 2024 constatou que a geração Z [nascidos entre 1990 e 2010] quer ser levada a sério e prioriza mais a transparência e a flexibilidade no trabalho. Mas a verdade é que eles têm outros projetos, outros sonhos, outros interesses.