Em seus 252 anos, Porto Alegre e outros municípios do Rio Grande do Sul, afetados pelas cheias dos corpos hídricos, decorrentes das chuvas intensas, neste momento enfrentam tragédias humanas consequentes do modelo de desenvolvimento negligente às dinâmicas naturais de cheias e secas dos corpos hídricos em seus territórios municipais. Desde 2015, o Relatório Brasil 2040 do Governo Federal alerta para a urgência de adaptação às mudanças climáticas, visando um modelo de desenvolvimento que considere as questões climáticas e as consequências socioambientais e socioeconômicas em todas as esferas territoriais ambientais, urbanas e rurais, desde os bairros planejados até as periferias e áreas informais, bem como nos setores da economia industrial e agrícola, dentre outros correlacionados. No ambiente construído - edificação e cidades, do desenho urbano às infraestruturas incidentes nas decisões de planejamento, observa-se inadequação e obsolescência, intensificando o impacto e agravamento sobre a ocorrência e consequências dos eventos climáticos hidrológicos extremos, sejam no excesso ou na escassez.