A democracia brasileira enfrentou, nas últimas eleições, desafios sem precedentes com a disseminação massiva de notícias fraudulentas, as fake news, durante o processo eleitoral. Impulsionadas por agendas políticas e interesses diversos, elas se tornaram ferramentas perigosas, minando a confiança pública e distorcendo o debate político. Além de desequilibrar a balança da informação, o fenômeno chegou a ameaçar a integridade do processo democrático. Como presidente da Comissão Especial de Combate à Desinformação e Corrupção Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), pude acompanhar de perto as questões cruciais sobre a necessidade urgente de regulamentação e combate a esse fenômeno. Porém, à medida que se aproxima as eleições municipais de 2024, um cenário ainda mais desafiador se desenha: a introdução da inteligência artificial (IA) no processo eleitoral.