Quando chega o Dia de Finados, data escolhida pela Igreja Católica para lembrarmos aqueles que partiram, somos naturalmente convidados a pensar nas ausências das pessoas que amamos, nos projetos que não se concretizaram e mesmo nos sonhos que se transformaram pelo caminho. Não por acaso, ocorre no penúltimo mês do ano, quando o encerramento de ciclos parece pairar sobre tudo. O calendário se aproxima do fim, e com ele vêm as perguntas sobre o que aprendemos com o percurso que termina. O luto é um sentimento universal, que se manifesta de várias formas: na morte de alguém querido, no fim de um relacionamento, na perda de um trabalho ou de um ideal. Cada ausência nos desafia a reconstruir a rotina, a encontrar um novo modo de estar no mundo. Na psicologia, o luto é entendido como o processo de reorganizar-se diante da perda, viver com o que falta, sem permitir que o vazio tome todo o espaço. É uma travessia única para cada indivíduo e que exige tempo, escuta e delicadeza.