O filme “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, encerra um capítulo da nossa história, e abre tantos outros quanto ao debate do papel da democracia no Brasil. Acima do enredo bem contado, e por detrás das cortinas e dos sets de gravações, existe uma Brasil quase perdido na história, que ainda perdura sobre décadas e que será levado em discussão nas eleições de 2026. Afinal, quão fortalecido está o nosso regime político, em uma época que se levantam cartazes de “volta à ditadura” e “abaixo às instituições”? A história real que virou entretenimento precisou ser montada por um dos maiores produtores, interpretada por uma das seis melhores atrizes do mundo de 2025 e assistida por milhões de expectadores por pelo menos sete dias consecutivos em uma das cinco áreas metropolitanas consideradas pela Academia em Angeles, na Bay Area (que inclui a cidade de San Francisco), Nova York, Chicago, Dallas-Fort Worth e Atlanta para entender que o Brasil requer cuidados imediatos, quando se toca no assunto democracia.