A prisão preventiva de Jair Messias Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes um dia depois da inclusão do deputado Alexandre Ramagem na lista da Interpol, pode ser definida como uma "ação antidebandada". O bolsonarismo agonizando e o trânsito em julgado da trama golpista chegando detonaram um "salve-se quem puder". A PF e Moraes estão de olho A prisão, que não é (ainda) pela condenação por tentativa de golpe de estado, foi depois de PF e Moraes juntarem as peças do quebra-cabeça numa imagem nítida: Bolsonaro pretendia fugir do País, tal como os deputados Eduardo, agora réu, Ramagem e Carla Zambelli, já condenados. Apesar da troca na linha de frente, do desastrado Eduardo Bolsonaro pelo até então moderado Flávio Bolsonaro, e do vídeo desesperado do 01 articulando uma "vigília" para salvar o bolsonarismo, parece tarde demais: escaldados pelas prisões do 8/1 e desencantados com o antipatriotismo dos seus ídolos, os militantes abandonam as ruas, enquanto os cúmplices políticos abandonam o País.