O envelhecimento populacional é uma realidade incontornável em todo o mundo, inclusive no Brasil. Vivemos um momento em que a longevidade se tornou objeto de políticas públicas, pesquisas e discussões sociais. Nesse contexto, o etarismo, especialmente no serviço público, surge como um desafio que afeta não só a dignidade dos trabalhadores, mas também a eficiência e os resultados alcançados pelas instituições. No serviço público, onde o envelhecimento da força de trabalho é evidente, a percepção de que envelhecer significa improdutividade, desatualização e desconhecimento ainda está profundamente enraizada. Muitos servidores mais velhos enfrentam olhares preconceituosos e atitudes que desvalorizam sua experiência, como se a inovação fosse incompatível com a tradição e a sabedoria adquiridas ao longo de décadas de serviço.