“Seguindo o sol do ideal e as normas da arte, Procuro descobrir por toda parte Um raio indefinível de beleza.”, Gilberto Mendonça Teles. Gilberto Mendonça Teles e eu nascemos em Bela Vista de Goiás, terra dos buritizais sussurrantes. E é com a poesia do meu conterrâneo que inicio esta reflexão, pois, assim como ele, tive o privilégio de contemplar Goiânia com o olhar curioso de quem chega e, ao mesmo tempo, já se sente pertencer. Por isso, digo com propriedade: a beleza indefinível que ele busca em suas palavras está, sem dúvida, refletida no Art Déco de Goiânia, na incessante busca por algo intangível, que vai além das linhas arquitetônicas e se integra ao próprio espírito da cidade. Goiânia nasceu de um sonho modernista, no coração do Cerrado. Ergueu-se com traços firmes, linhas planejadas e uma estética que ousava olhar para o futuro. Um futuro grandioso, desenhado com a coragem de abraçar o novo. O Art Déco chegou como a linguagem perfeita para traduzir esse desejo de futuro. Mais do que um estilo, foi e continua sendo uma ideia de cidade.