Quando a atual gestão da Prefeitura de Goiânia lançou o Programa Brilha Goiânia, em março deste ano, a programação inicial era chegar a 100 mil lâmpadas novas de LED, trocadas em todas as regiões de Goiânia, até o final deste ano. Porém, com o ritmo acelerado dos trabalhos, em pouco tempo esse prazo foi antecipado para setembro. No fim, com um serviço de qualidade que a Prefeitura de Goiânia tem desenvolvido, essa marca foi alcançada em agosto, um mês antes do previsto, levando melhor iluminação e mais segurança a milhares de goianienses.

Para os cofres públicos, a nova tecnologia das lâmpadas de LED proporciona uma redução de até 65% no consumo de energia elétrica, gerando uma economia superior a R$40 milhões por ano. As novas lâmpadas possuem vida útil de mais de 10 anos de operação contínua e é 30% mais branca que as tradicionais.

Presente em todos os bairros, zona rural, principais avenidas e praças da capital, o Brilha Goiânia é revolucionário. No total, foram atendidos 647 bairros localizados em todas as sete regiões da cidade: Central, Noroeste, Leste, Norte, Oeste, Sudoeste e na Sul, onde as frentes de trabalho, compostas por quase 40 equipes técnicas, concentram a troca de luminárias. Na região Central, o consórcio já modernizou a iluminação pública em 42,74%, atingindo 93 bairros. A região Noroeste foi a primeira beneficiada e todos os 69 bairros já receberam os trabalhos do programa.

As avenidas da cidade também estão mais seguras. O Brilha Goiânia instalou as novas luminárias nos eixos mais importantes da capital, como as Avenidas Castelo Branco, 136, Jamel Cecílio, Mutirão e Marginal Botafogo. Também instalou cerca de 400 pontos luminosos na GO-060, até a divisa com o município de Trindade, que completou o trecho, garantindo mais segurança aos romeiros.

A atual gestão municipal entende as necessidades do povo goianiense, respeita a urgência que todos têm para a solução dos problemas e se dedica ao máximo para resolvê-los. Para melhorar o canal de comunicação entre Prefeitura de Goiânia e a sociedade, lançamos o 0800 062 0808, serviço gratuito, que funciona 24 horas por dia, todos os dias, para solicitações de reparos na iluminação pública que já foi modernizada pelo Brilha Goiânia, realizando a troca das lâmpadas queimadas em até 5 dias. São quatro equipes atuando em dois turnos para atender os chamados que estão sendo solicitados há cerca de duas semanas.

Desta forma, é uma alegria muito grande assistir e participar desta evolução na zeladoria da cidade. O Brilha Goiânia é o maior programa de modernização da iluminação pública da história da capital, com investimento previsto de R$1,4 bilhão ao longo de 25 anos.

Também serão investidos R$200 milhões em novas tecnologias que vão além do parque luminotécnico. Goiânia terá videomonitoramento, sistema de telegestão, Wi-Fi gratuito em parques e praças e usinas fotovoltaicas, que vão abastecer mais de 700 prédios públicos. É mais segurança e bem-estar para todos da cidade, prioridade de uma gestão voltada para o futuro sustentável.

Francisco Lacerda, secretário de Infraestrutura de Goiânia

Os artigos publicados não refletem a opinião de O POPULAR. Sua publicação obedece ao propósito de estimular e fomentar a diversidade e o debate de temas locais, nacionais ou mundiais.

Goiânia mais iluminada

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Francisco Lacerda

POP_FACADAS_ALANA_GOIANIA_18_9_2025

O ex-companheiro de Alana Mata Ferreira, <a href="https://opopular.com.br/cidades/domestica-esta-na-uti-apos-ser-esfaqueada-pelo-ex-no-meio-de-rua-em-goiania-video-1.3097177" target="_self">empregada doméstica que foi morta a facadas na rua em Goiânia</a>, foi condenado a 16 anos e 6 meses de prisão em regime fechado. O julgamento aconteceu nesta quarta-feira (17) no Tribunal do Júri na capital. Conforme o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), estavam presentes como testemunhas os filhos de Alana e o irmão do ex-companheiro dela.

O POPULAR entrou em contato com a Defensoria Pública, que representa Enivaldo Da Silva Costa, nesta quinta-feira (18) às 7h10 por meio de aplicativo de mensagem, mas até a última atualização desta reportagem não tivemos retorno. &nbsp;

O julgamento, segundo a decisão, foi realizado pelo juiz Lourival Machado da Costa, com a presença de Renata de Oliveira Marinho, representante do Ministério Público e mais sete jurados. O ex-companheiro de Alana responderá pelo crime de feminicídio.&nbsp;

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<h2>Relembre o caso&nbsp;</h2>

<div attr-cid="policy:1.3313798" attr-version="policy:1.3313798:1758194372" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3313798" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3313798', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3313798">POP_FACADAS_ALANA_GOIANIA_18_9_2025 (1.3313798)</a></div>

Conforme o TJ, Alana Mata, de 40 anos, foi esfaqueada por Enivaldo da Silva no dia 1° de janeiro de 2024 na rua Francisco Alves, esquina com a rua da Redenção no Jardim Vitória II, na região noroeste da capital.&nbsp;

O crime aconteceu por volta das 6h20 da manhã. Enivaldo arrombou o portão e a porta da cozinha da casa da vítima. Alana correu para a rua e foi perseguida por ele, que ao alcançá-la, desferiu golpes de faca nos braços, tórax, cabeça e abdômen, conforme laudo cadavérico. &nbsp;

As agressões foram filmadas por uma câmera de segurança. As imagens mostram o ex-companheiro desferindo os golpes e depois fugindo (veja no vídeo acima). Alana correu atrás de ajuda, foi socorrida e encaminhada ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde passou 6 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela <a href="https://opopular.com.br/cidades/domestica-filmada-sendo-esfaqueada-pelo-ex-no-meio-de-rua-morre-em-hospital-de-goiania-1.3098575" target="_self">morreu no dia 7 de janeiro de 2024</a>.&nbsp;

AO POPULAR, o filho da vítima revelou na época que a mãe sofreu duas paradas cardíacas e não resistiu. &nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/domestica-esta-na-uti-apos-ser-esfaqueada-pelo-ex-no-meio-de-rua-em-goiania-video-1.3097177" target="_self">Doméstica está na UTI após ser esfaqueada pelo ex no meio de rua em Goiânia; vídeo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/domestica-filmada-sendo-esfaqueada-pelo-ex-no-meio-de-rua-morre-em-hospital-de-goiania-1.3098575" target="_self">Doméstica filmada sendo esfaqueada pelo ex no meio de rua morre em hospital de Goiânia</a>&nbsp; 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/suspeito-de-matar-diarista-em-goiania-e-preso-no-maranh-o-1.3102659" target="_self">Suspeito de matar diarista em Goiânia é preso no Maranhão</a>&nbsp;</div>

<h2>Relacionamento conturbado&nbsp;</h2>

Alana e Enivaldo mantiveram um relacionamento de seis anos e estavam a quatro meses separados. Ainda de acordo com o TJ, o relacionamento dos dois era conturbado e repleto de agressões físicas e verbais por parte do ex-companheiro.&nbsp;

Na época dos fatos, o filho de Alana contou em entrevista ao POPULAR que o padrasto já se mostrava muito agressivo e batia na mãe. Segundo ele, o homem não aceitou que Alana&nbsp;entrou em outro relacionamento após o término.&nbsp;

<h2>Prisão&nbsp;</h2>

No dia do crime, Enivaldo fugiu para o município de Porto Franco, no interior do Maranhão,&nbsp;onde morava sua família, mas foi <a href="https://opopular.com.br/cidades/suspeito-de-matar-diarista-em-goiania-e-preso-no-maranh-o-1.3102659" target="_self">localizado e preso pela Polícia Civil no dia 21 de janeiro</a>. &nbsp;

<cite>No momento da abordagem, ele tentou evadir do local, pois estava em uma região de mata. Porém, estava cercado e os policiais conseguiram fazer a detenção”, disse a delegada Caroline Barreto em entrevista à TV Anhanguera na época. &nbsp;</cite>

Ex-companheiro é condenado a 16 anos de prisão após matar doméstica a facadas

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FEMINICÍDIO

<img attr-cid="policy:1.3313805" attr-version="policy:1.3313805:1758193983" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3313805/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2025-09-18T081301.101.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Professor Orley José da Silva morreu aos 62 anos (Reprodução/Instagram/Orley José da Silva)

Missionário, pesquisador de livros didáticos e cristão exemplar, é assim que amigos e familiares descrevem o professor Orley José da Silva. <a href="http://opopular.com.br/cidades/professor-da-rede-municipal-morre-de-cancer-em-goiania-1.3313308" target="_self">Ele morreu nesta terça-feira (16)</a>, aos 62 anos, em Goiânia, em decorrência de um câncer na cabeça que enfrentava há cerca de dois anos.&nbsp;Nas redes sociais, a professora Luciana Evangelista Mendes, que fez mestrado ao lado de Orley, expressou sua saudade e gratidão.

<cite>Que saudades sentirei do meu amigo, irmão de fé, colega de mestrado e companheiro de profissão. Você deixa um legado maravilhoso. Um dos pioneiros no evangelismo universitário em Goiás. Exímio pesquisador de livros didáticos. Na minha vida pessoal você deixou marcas que jamais esquecerei", escreveu a professora.&nbsp;</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/professor-da-rede-municipal-morre-de-cancer-em-goiania-1.3313308" target="_self">Professor da rede municipal morre de câncer em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/policial-militar-morre-no-dia-do-aniversario-vitima-de-cancer-1.3312359" target="_self">Policial militar morre no dia do aniversário vítima de câncer</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/professor-aposentado-da-ufg-luis-goya-morre-em-goiania-1.3311075" target="_self">Professor aposentado da UFG Luis Goya morre em Goiânia</a></div>

Em entrevista ao POPULAR, a professora Marina Lopes, amiga de longa data, relembrou com carinho sua convivência com Orley e o legado que ele deixou na educação em Goiás.

<cite>Orley era amigo de longa data, padrinho do meu casamento, meu colega das Letras e das faculdades, missionário que lutava contra a ideologia de gênero nas escolas. Uma grande perda para a educação e para a sociedade", afirmou Marina.</cite>

Alunos também prestaram homenagens, lembrando com carinho das aulas e da inspiração que o professor representava:

<cite>Foi meu professor na faculdade. Tenho orgulho de ter sido aluna desse grande mestre”, escreveu uma ex-aluna.</cite>

<cite>Outro estudante afirmou: “Melhor professor que já tive, um exemplo de pessoa, de carisma, atenção e fé.”</cite>

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<h2>Vida e legado</h2>

Orley José da Silva ministrava aulas de Língua Portuguesa no ensino fundamental da rede municipal de Goiânia e também atuava em instituições de ensino superior privadas.&nbsp;Ele deixa a esposa, com quem era casado há seis anos, uma filha e dois netos, de 17 e 5 anos.

Ao POPULAR, a filha Anna Paula de Oliveira Silva, falou emocionada sobre o pai&nbsp;e destacou o legado deixado por ele, tanto na família quanto na vida profissional.

<cite>Ele foi um avô presente, cheio de carinho, e um pai amoroso que deixou marcas eternas no meu coração. Sua vida foi um legado de cuidado e presença, e seu exemplo continuará florescendo em nós”, declarou.</cite>

<img attr-cid="policy:1.3313806" attr-version="policy:1.3313806:1758194277" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3313806/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2025-09-18T081751.276.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Orley José da Silva se dedicava aos estudos relacionados à educação, como currículo escolar e materiais didáticos. (Reprodução/Instagram/Orley José da Silva)

Em sua biografia nas redes sociais, Orley expressava seu amor pelos livros, pela escrita e pela leitura.

<cite>Sonho com o dia em que não precisarei trabalhar tanto pelo dinheiro, para poder dedicar mais tempo à leitura e à escrita. Amo a solitária, mas movimentada, companhia dos livros, da reflexão e da escrita", escreveu Orley.&nbsp;</cite>

O velório foi realizado na manhã de quarta-feira (17), em Goiânia. O sepultamento aconteceu em Uruaçu, no norte de Goiás, sua cidade natal, onde vivem a maioria de seus familiares.

<h2>Trajetória na educação</h2>

Em nota oficial, a Secretaria Municipal de Educação de Goiânia (SME) lamentou profundamente a morte do professor Orley e destacou sua trajetória marcada pela dedicação aos estudantes. Ele estava lotado na Escola Municipal Herbert José de Souza e afastado por licença médica desde novembro de 2024.

Além de educador, Orley foi missionário por mais de 20 anos, com forte atuação nas universidades e igrejas. Também se dedicava a pesquisas na área educacional, com foco em currículo escolar e materiais didáticos. Em 2018, integrou a equipe de Educação do Gabinete de Transição da Presidência da República. No ano seguinte, atuou como assessor parlamentar no gabinete do então Ministro da Educação.

<h2>Nota na íntegra da Secretaria Municipal de Educação</h2>

A Secretaria Municipal de Educação (SME) de Goiânia recebe com pesar a notícia de falecimento do professor de língua portugues, Orley José da Silva, ocorrido no dia 16/09.

A SME reconhece sua trajetória missionária e marcada por dedicação aos estudantes da rede municipal de Educação. Nos últimos anos, passou pelas escolas municipais Bernardo Elis, Dom Tomás Balduino, GO 04 e atualmente estava lotado na Escola Municipal Herbert José de Souza, com licença médica desde novembro de 2024.

Neste momento de dor, a SME se solidariza com familiares e amigos, desejando força para superar a perda.

Secretaria Municipal de Educação

Veja quem era o professor de Goiânia que morreu de câncer

LEGADO

Após 27 dias de suspensão liminar do contrato da Prefeitura de Goiânia com o Serviço Social da Indústria (Sesi) para realização de perícias médicas de servidores municipais, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, na segunda-feira (15), a retomada dos atendimentos. A decisão foi assinada pelo presidente da Corte, ministro Herman Benjamin.

Segundo a Secretaria Municipal de Administração (Semad), os atendimentos das perícias devem ser retomados na próxima segunda-feira (22). A decisão do STJ acatou o pedido da Procuradoria-Geral do Município (PGM), suspendendo os efeitos da liminar que havia paralisado a execução do contrato administrativo. Com a retomada do contrato, assegura-se a análise célere e regular dos atestados médicos, essenciais para que os servidores recebam exames, tratamentos ou afastamentos legais e para que a administração organize equipes, planeje substituições e mantenha a continuidade de serviços à população.

Embora o documento com o pedido de contracautela que determinou a suspensão da liminar tenha sido proferido parcialmente na segunda-feira (15) por Herman, a PGM só teve ciência da decisão na quarta-feira (17). A solicitação da procuradoria ao STJ foi baseada nos riscos da interrupção do contrato e na necessidade de manter a continuidade dos serviços. Conforme o prefeito Sandro Mabel (UB), entre os meses de abril e julho deste ano, o trabalho da entidade Sesi evitou a concessão indevida de mais de 77 mil dias de licença, gerando economia superior a R$ 16 milhões aos cofres públicos.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-suspende-contrato-da-prefeitura-com-sesi-para-pericias-medicas-1.3302474" target="_self">Justiça suspende contrato da Prefeitura com Sesi para perícias médicas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/alvo-de-ac-o-na-justica-pericia-do-sesi-indefere-10-vezes-mais-atestados-de-servidores-municipais-1.3285283" target="_self">Alvo de ação na Justiça, perícia do Sesi indefere 10 vezes mais atestados de servidores municipais</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/sesi-diz-que-pericias-medicas-de-servidores-municipais-seguem-protocolos-1.3280721" target="_self">Sesi diz que perícias médicas de servidores municipais seguem protocolos</a></div>

O STJ reconheceu que a suspensão dos serviços periciais representava grave risco à ordem administrativa e às finanças públicas, devido ao elevado volume de demandas e à impossibilidade de absorção dessas funções pela estrutura interna do município. Em nota, o Sesi informou que, no período anterior à suspensão do contrato, entre abril e agosto, cerca de 7.951 perícias já haviam sido realizadas pelo serviço social.

O contrato entre o Paço e o Sesi foi assinado por Mabel em 1º de abril deste ano, sem processo de licitação, custou cerca de R$ 9 milhões e tem duração de um ano. A justificativa da Prefeitura de que, embora existisse uma junta médica municipal, no formato anterior não era possível atender à demanda da administração.

Vale lembrar que a decisão de suspensão do contrato foi assinada em 20 de agosto deste ano, atendendo a recurso interposto pelo deputado estadual Mauro Rubens (PT) por meio de ação popular que cobrava a suspensão do acordo firmado em abril. Assinada pelo desembargador Itamar de Lima, a decisão derrubou outra, proferida por magistrado de primeiro grau, e suspendeu o contrato até definição definitiva sobre a ação. Ao acatar o recurso do deputado, o desembargador argumentou que a contratação direta não se enquadrava no fundamento legal utilizado para sua justificativa, com base na Lei de Licitações.

Além disso, destacou que o serviço de perícia médica “trata-se de atividade típica de Estado, com evidente impacto sobre a esfera jurídica dos servidores públicos, razão pela qual sua delegação a entidade privada sem respaldo normativo expresso configura possível violação aos princípios da legalidade e da supremacia do interesse público”.

Conforme matéria publicada pelo POPULAR em 6 de julho, desde o início do acordo Paço Municipal – Sesi, dificuldades e críticas já vinham sendo apresentadas. Até o final de junho, a entidade recebeu 4.166 processos e indeferiu 417, o que representava 10,01% do total. Neste mesmo período, a Junta Médica Municipal, que realizava o serviço sozinha até então, recebeu 7.076 atestados para avaliação e apenas 1,05% foram negados. Ou seja, a entidade ligada ao Sistema S indeferiu dez vezes mais atestados apresentados pelos servidores do que a equipe formada pelos funcionários do Paço Municipal. Os servidores municipais vinham criticando a atuação da entidade, tanto pelo número de recusas quanto pelo tratamento dispensado a eles.

Já em outra matéria publicada pelo POPULAR, no dia 23 de junho, as perícias voltaram a ser alvo de queixas dos servidores e de entidades sindicais, que procuraram o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) para denunciar a situação, considerada prejudicial aos seus filiados. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde-GO) e articuladora do Fórum Sindical de Goiânia, Néia Vieira, afirmou que, em conversas com servidores, percebeu que grande parte dos atestados avaliados pela perícia do Sesi teve a duração reduzida pela metade.

(Laysa Milograma é estagiária pelo grupo GJC em convênio com a UniAlfa)

<a href="http://opopular.com.br/canal" target="_blank"><span style="color: rgb(41, 42, 46); font-family: &quot;Atlassian Sans&quot;, ui-sans-serif, -apple-system, BlinkMacSystemFont, &quot;Segoe UI&quot;, Ubuntu, &quot;Helvetica Neue&quot;, sans-serif; font-size: 14px; letter-spacing: -0.07px; white-space-collapse: preserve;">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

&nbsp;

Sesi retoma perícias médicas após vitória da Prefeitura de Goiânia no STJ

Gestão municipal

A Prefeitura de Goiânia e a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) firmaram um acordo para quitação da dívida milionária acumulada pelo município com a fundação, encerrando um impasse que se prolongava há meses. Ao todo, a Fundahc ficará com R$ 84 milhões, valor correspondente à metade dos R$ 172,1 milhões reivindicados originalmente pela instituição. A fundação iniciará, na próxima semana, as tratativas para quitação dos débitos junto aos prestadores de serviços.

Dos R$ 84 milhões acordados, R$ 9 milhões já estão disponíveis nas contas da fundação, provenientes do saldo de desligamentos iniciados em março deste ano para adequar os planos de trabalhos conforme determinação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) à época. Os R$ 75 milhões restantes resultam de uma negociação ocorrida nesta terça-feira (16) e serão repassados em oito parcelas: sete de R$ 10 milhões e uma final de R$ 5 milhões. A primeira parcela deverá ser paga até o dia 1º de outubro.

A negociação é resultado de uma série de reuniões realizadas entre a Prefeitura de Goiânia e a Fundahc, com mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Inicialmente, os encontros tinham como foco a discussão sobre o pagamento das rescisões dos trabalhadores da fundação. No entanto, as tratativas evoluíram para a possibilidade de quitação do valor total da dívida.

Até então, a Prefeitura defendia a contratação de uma auditoria externa para apurar, de forma independente, o montante da dívida apresentado pela Fundahc. “Não foi necessário. Preferimos seguir pelo caminho da negociação”, afirmou o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB).

No fim de julho, a SMS notificou a Fundahc sobre o encerramento dos contratos, após meses de desgaste com a Prefeitura. No final de agosto, a fundação repassou a gestão das três maternidades municipais de Goiânia às organizações sociais (OSs) selecionadas para administrar as unidades. Apesar da transição, a dívida da Prefeitura com a Fundahc — resultado de repasses considerados insuficientes nos últimos dois anos — permaneceu como ponto de tensão entre as partes.

Mabel explica que, com a negociação, a Prefeitura encerra sua dívida com a Fundahc. “Considero que foi uma negociação justa para todas as partes, levando em conta todos os aspectos, especialmente os trabalhadores, que agora poderão receber seus acertos”, discorre o prefeito.

A diretora-executiva da Fundahc, Lucilene Maria de Sousa, relata que a fundação temia um calote por parte da Prefeitura e que, por isso, o acordo representa um alívio, principalmente no que se refere à quitação das rescisões trabalhistas. “Conseguiremos arcar integralmente com todos os direitos trabalhistas”, esclarece.

Lucilene aponta que a partir da próxima semana começará a se reunir com os prestadores de serviços para negociar os pagamentos. “Agora, temos um caminho para quitar os valores em aberto. Uma vez que o recurso repassado não nos permite pagar o todo, teremos de trabalhar com parcelamentos e descontos”, frisa a diretora-executiva da Fundahc.

Um dos prestadores de serviço com quem a Fundahc acumula uma dívida milionária é a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Estado de Goiás (Coopanest-GO), que chegou a interromper os atendimentos nas maternidades Célia Câmara e Nascer Cidadão devido à falta de pagamento, na época em que a Fundahc era responsável pela gestão das unidades.

Em entrevista concedida ao POPULAR em 25 de agosto, Lucilene destacou que o pagamento dos valores devidos à fundação era essencial para garantir a continuidade dos serviços prestados pela instituição. Um desses serviços é o funcionamento do Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof), da Universidade Federal de Goiás (UFG). “Agora, tudo isso está resguardado. Mantemos a sobrevivência da fundação, que tem a responsabilidade de gerenciar tantos outros projetos”, comenta Lucilene.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/fundahc-e-acionada-na-justica-por-divida-de-r-11-5-milh-es-1.3309918" target="_blank">Fundahc é acionada na Justiça por dívida de R$ 11,5 milhões</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-nega-pedido-para-barrar-contratac-o-de-oss-para-gerir-as-maternidades-de-goiania-1.3305102" target="_self">Justiça nega pedido para barrar contratação de OSs para gerir as maternidades de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/fundahc-pressiona-prefeitura-por-r-50-4-mi-para-rescis-es-1.3304438" target="_blank">Fundahc pressiona Prefeitura por R$ 50,4 mi para rescisões</a></div>

Rescisão

De acordo com a Fundação, dos R$ 172,1 milhões em aberto, R$ 50,4 milhões referiam-se ao fundo rescisório. A Fundahc sempre alegou que, devido aos repasses insuficientes por parte da Prefeitura, precisou utilizar recursos desse fundo para cobrir outras despesas, o que a SMS sempre contestou, argumentando que tal utilização foi indevida. O POPULAR mostrou, diversas vezes, que os trabalhadores das maternidades temiam ficar sem o pagamento de seus acertos trabalhistas.

Por isso, ainda em agosto, foi realizada uma reunião no MPT para discutir o pagamento das rescisões dos trabalhadores da Fundahc. O Paço Municipal apresentou uma proposta que previa o pagamento das verbas rescisórias em 20 parcelas para os trabalhadores que fossem recontratados pelas OSs que assumiram as maternidades e em 12 parcelas para aqueles que não fossem. Além disso, a multa rescisória de 40% seria reduzida para 20%.

A proposta foi levada às representações sindicais, que a rejeitaram. No dia 2 de setembro, uma nova reunião ocorreu no MPT, mas também não houve consenso. Outro encontro, realizado no dia 10, também não teve resultado positivo. A solução só foi encontrada nesta terça, em reunião que ocorreu no TRT. De acordo com a Fundahc, as obrigações trabalhistas serão pagas em três parcelas e sem descontos na multa rescisória. “Avançamos no sentido de garantir que eles recebam em três parcelas e sem abrir mão da multa do Fundo de Garantia”, avalia Néia Vieira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde-GO).

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