A defesa e os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro no julgamento da articulação de um golpe de Estado já definiram bem as regras e flancos do processo passíveis de questionamento e desqualificação nesta fase da denúncia da PGR e ajustaram a mira nele, no relator Alexandre de Moraes, já atacado até por aliados externos do bolsonarismo, como Donald Trump, Elon Musk e as big techs. O primeiro grito foi que não houve golpe e que “só tentativa” não é crime. Mas, segundo os artigos 359M e 359L do Código Penal, tentativa de golpe contra as instituições democráticas é, sim, crime tipificado na lei e não se fala mais nisso, por ora. O empenho passa a ser para anular a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, sob alegação de que ele e a família teriam sido ameaçados por Moraes para abrir a boca. Bem, quem viu os vídeos da delação sabe que não é assim.