Na Semana da Pátria, emerge a lembrança da obra artística de Pedro Américo: O grito do Ipiranga. Uma pintura que enaltece a independência do Brasil, alcançada com a espada em punho e a liderança de Dom Pedro I. O artista inseriu, à margem dos soldados em seus cavalos, três personagens do povo: um homem conduzindo um carro de bois, com olhar de surpresa; logo atrás, outro montado a cavalo, expectador do grito da independência; e um homem negro conduzindo um jumento, de costas a um Grito que não o libertava da escravidão. Somos convidados, cidadãos e cristãos, a escutar os gritos de hoje, dos excluídos, dos ignorados ou emudecidos. Há gritos pela paz na Faixa de Gaza e nos países em guerra; gritos por democracia, frente às ameaças de ditaduras e golpes políticos; por justiça fiscal, em defesa da equidade distributiva nos impostos; gritos das vítimas do feminicídio; de proteção contra o crime organizado; por políticas públicas e por terra, teto e trabalho; pela reforma agrária e urbana e pela educação pública e de qualidade; gritos pela ética e contra a corrupção, pela consciência política e contra a venda de votos.