A ideia de arrancar árvores e destruir áreas verdes do Parque das Laranjeiras, um dos bairros mais arborizados e identitários de Goiânia, para criar vagas de estacionamento não é apenas uma má escolha técnica ou ignorância travestida de solução administrativa. É símbolo eloquente de um modelo de cidade ultrapassado, totalmente desconectado de premissas básicas do século XXI. Enquanto o mundo se volta à adaptação climática, cidades inteligentes e resiliência ambiental, aqui se cogita eliminar áreas permeáveis para acomodar carros. Uma lógica que ignora custos sociais e econômicos e despreza o que a ciência mais básica já comprovou: árvores são infraestrutura. Não são enfeites, não são capricho ecológico, são tecnologia natural de mitigação térmica, gestão hídrica, conforto urbano e saúde pública.