No próximo dia 25 de novembro, Brasília será palco de um momento histórico: a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem-Viver. Mas antes deste encontro de 1 milhão de mulheres negras, haverá outro encontro importante entre lideranças femininas negras de toda a América Latina para discutir políticas estruturantes, fortalecer alianças e decidir quem será a coordenadora regional do nosso movimento continental. Uma escolha estratégica para uma representação que traduza a complexidade de nossas realidades e que lute por políticas públicas capazes de garantir dignidade, autonomia e justiça para as mulheres negras da América Latina. Muito se fala em “mulheres negras no poder”. Qual poder é esse que estamos reivindicando? O poder de transformar as estruturas, o acesso a cargos decisórios, de criar políticas públicas e de garantir que nenhuma de nós precise morrer para ser ouvida. Há 26 anos, o Grupo de Mulheres Negras Malunga se mantém de pé na luta pela saúde, pela educação, pelos direitos e equidade de nós mulheres negras. Mas não é fácil.