Talvez seu coração, esse sujeito tímido, esteja pedindo socorro às escondidas. Você já parou pra escutá-lo? Não, não falo daquele “tum-tá” quando bate mais rápido, falo do sussurro lento: o cansaço que nunca passa, a falta de ar no trabalho, a palpitação “discreta” à noite. Ele está falando e muitos fingem que não escutam. Vivemos no mundo da pressa, da avaliação 24 horas, das notificações que não param, do “só mais essa tarefa”. E o que sobra pro coração? Pílulas de estresse, dieta de conveniência, o combo emocional da pizza com refrigerante, noites com sono de gato e café logo cedo pra aguentar o dia. Aí a gente pensa: “Mas sou jovem, devo aguentar.” E, quando menos espera, chega aquela notícia que choca: a morte súbita de um atleta, de um amigo, de um parente que nunca “teve nada”. E aquela sensação de “como pode alguém tão saudável morrer de repente?” vira lamento e até um certo medo: “Será que acontece comigo?”