Nos últimos anos, tenho ouvido uma frase repetida por famílias, corretores, colegas arquitetos e pelos nossos próprios times de projeto: “não dá mais para morar como antes”. E não dá mesmo. A rotina mudou, o trabalho mudou, as prioridades mudaram. Em muitos casos, a cidade também mudou. O fato é que a moradia virou extensão completa da vida, e isso tem redesenhado o mercado imobiliário de cima a baixo. É nesse ponto que nossa atuação como arquitetos e urbanistas se torna ainda mais decisiva. Em 15 de dezembro, quando celebramos o Dia do Arquiteto e Urbanista, penso menos na comemoração em si e mais no impacto que nossa própria atuação deixa todos os dias. Somos nós que damos forma ao que muitas vezes chega apenas como sensação: a vontade de ter mais luz, mais vento, mais convivência, mais segurança, menos deslocamentos, menos custos fixos e menos ruídos que atrapalham a qualidade do viver.