A discussão sobre a regulamentação da Reforma Tributária no Senado trouxe à tona o debate sobre o Imposto Seletivo (IS) e sua possível aplicação ao setor mineral. Há propostas para ampliar a lista de minerais sujeitos ao IS e aplicá-lo à base de cálculo da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), ameaçando a competitividade da mineração nacional e a viabilidade de novos empreendimentos. Os argumentos contrários ao IS sobre a mineração são evidentes: há uma incoerência entre a finalidade do imposto e sua aplicação ao setor. A mineração já enfrenta uma carga tributária maior no Brasil do que em outras grandes economias mineradoras. As consequências são claras: desestímulo a novos investimentos, ameaça à continuidade de empreendimentos e à manutenção de empregos. Ainda assim, a insistência na tributação parece se justificar pela ideia de compensação pelos danos ambientais e pela ampliação da arrecadação.