Eis o que Vincent van Gogh achava necessário para trabalhar direito: “É preciso comer bem, estar bem instalado, trepar de vez em quando, fumar seu cachimbo e beber seu café em paz”. A respeito das relações entre trabalho artístico, comércio e existência, disse: “A arte é longa e a vida curta, e devemos ter paciência enquanto procuramos vender caro a nossa pele”. Para ele, a pintura independia da vocação, de um dom inato ou de estalos de gênio; o que contava era o empenho: “O talento é um longa paciência - e a originalidade, um esforço de vontade e observação intensa”. Sobre envelhecer e pintar, comparou-se a um artesão: “Quanto mais feio, velho, ranzinza, doente, pobre, mais desejo me vingar fazendo uma cor brilhante, bem harmonizada, resplandecente. Joalheiros também se tornam velhos e feios antes de saberem compor bem as pedras preciosas”.