O Cerrado clama por proteção! E esse grito precisa ecoar diretamente na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças do Clima (COP30), a qual acontece em Belém, Pará, até o próximo dia 21. Nós, redes de pesquisa vinculadas ao Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio/MCTI/CNPq) - Rede Biota Cerrado, Rede Araguaia e Rede ComCerrado - propomos, por meio do Manifesto Cerrado na COP30, seis estratégias centrais: proteger o que resta do Cerrado; restaurar e manejar em vez de devastar o bioma; valorizar quem produz e conserva no Cerrado; promover o reconhecimento político e institucional do Cerrado; água, governança, outorga e fiscalização da questão hídrica à altura da crise e, por fim, ciência, monitoramento e transparência. Proteger o que resta do Cerrado implicará, por exemplo, na criação de novas Unidades de Conservação (UCs) de Proteção Integral e priorizar lacunas de representatividade ecológica (savanas, campos, veredas, florestas e zonas de transição com outros biomas). Além de uma série de outras atitudes que vão desde efetivar as UCs existentes com planos de manejo implementados, até promover a conservação in situ para compor a Meta 30×30, passando por reconhecer e reportar Omecs (Outras Medidas Eficazes de Conservação baseadas em Área).