O alimento que chega à mesa do goiano passa pelo cuidado da Agrodefesa. Também está sob sua responsabilidade a proteção de lavouras e dos rebanhos goianos contra doenças e pragas das mais diversas. A Agência Goiana de Defesa Agropecuária, órgão do Governo de Goiás, trabalha diuturnamente desenvolvendo programas de sanidade animal e vegetal, de educação sanitária, além da realização da fiscalização de estabelecimentos que processam e comercializam produtos agropecuários, bem como da inspeção de produtos de origem animal que chegam até o nosso prato.

Desde que foi criada, em 2003, a Agência, por meio de seu quadro de competentes servidores, desenvolve ações de defesa agropecuária que impactam nosso cotidiano, seja do produtor rural ou de toda a sociedade.

E além de garantir a procedência e a qualidade da comida que consumimos, o trabalho da Agrodefesa protege produtores que levam a sério seu trabalho e cumprem com as exigências da lei, bem como traz retorno direto para a economia do nosso estado.

Para se ter uma ideia, nossa estimativa é de que para cada R$ 1 investido nas ações da Agência, R$ 71 retornam para a economia goiana. Isso, em 2022, representou um retorno de R$ 107,1 bilhões, considerando o Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP) - quinto lugar no ranking nacional e maior valor registrado nos 34 anos de existência do indicador.

Contam a favor desses resultados pontos como combate a pragas que impactam diretamente na produtividade das lavouras ou ainda a abertura de mercados aos nossos produtos agropecuários, pela garantia da sanidade. Um exemplo é o complexo carnes, segundo item mais comercializado pelo estado para outros países.

De janeiro a novembro de 2023, Goiás exportou US$ 1,8 bilhão, para países como China, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Japão, Estados Unidos e União Europeia. Esse fluxo só é possível porque a nossa carne tem certificação e atende a rígidos controles sanitários que começam aqui, dentro da porteira.

E esse trabalho começou lá atrás, quando a Agrodefesa realizou campanhas sanitárias para erradicação de doenças como febre aftosa, e hoje nosso estado é considerado livre da doença sem a necessidade da vacinação. São conquistas do nosso corpo técnico e de todos produtores rurais, que enchem Goiás de honradez.

Celebrar os 20 anos da Agrodefesa é celebrar um importante agente do nosso estado. Por isso, ao completar este marco, não só agradecemos a confiança do produtor rural e da sociedade no nosso trabalho, como também ostentamos o orgulho em considerar a Agrodefesa como sentinela forte, presente e atuante no agro goiano.

José Ricardo Caixeta Ramos, médico veterinário, produtor rural e presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa)

O cuidado até a mesa do goiano

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José Ricardo Caixeta Ramos

O plano de golpe de Estado envergonha e empurra as Forças Armadas para o fundo do poço, ao incluir assassinatos, Estado de Defesa e diálogos assombrosos, embolando generais e coronéis da ativa com gente da pior espécie, como um argentino trapaceiro, um padre sem princípio e o capitão Aylton, chamado de “bandido” no Exército… A “rataria”, como definiu um dos próprios golpistas, aliás, muito bem.

A história é escabrosa, com fuzis e até granadas para a prisão e eventual execução do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, então presidente do TSE, em plena capital da República. Foi isso que os “kid pretos” desmascarados e presos aprenderam nas academias militares e nas Forças Especiais do Exército? A andarem em más companhias, serem golpistas, antipatrióticos, assassinos e anti-cristãos? Onde ficam “Deus, Pátria e Família”?

Não se confundem indivíduos desse quilate com a instituição Exército Brasileiro, mas alguma coisa anda errada na formação militar, até porque é inexplicável, para quem respeita as Forças Armadas, como tantos oficiais aderiram tão docemente às ordens e delírios do capitão Bolsonaro, desprezado pela corporação por décadas.

Poder? Cargos? Soldos? Privilégios como na reforma da Previdência? Assustador, mas outros motivos seriam ainda piores: ideologia, saudosismo e instinto antidemocrático? E o mais grave é essa adesão evoluir para um golpe. Uns tiraram proveito, outros foram além: entregaram a alma ao Diabo. É preciso uma grande reflexão nas Forças.

Para alívio geral da Nação e da família militar que preza a farda, ordem, disciplina e defesa da Pátria, os comandos do próprio Exército e da Aeronáutica não compactuaram com o golpe e, hoje, se perguntam como se sentem as mulheres, filhos, amigos e vizinhos de quem participou daquela sujeira. E o que dirão seus netos e bisnetos?

Já era chocante oficiais de alta patente se prestarem a falsificar atestados de vacina, botar a mãos nos diamantes da Arábia Saudita, sair pelos EUA passando a muamba adiante e criando “provas” fraudulentas contra as urnas eletrônicas. Mas golpe? Assassinato do presidente eleito, do vice, de um ministro do TSE? Onde isso iria parar se o golpe tivesse vingado? Um novo AI-5? Torturas? Desaparecimentos?

Bem, os tempos são outros, as Forças Armadas são outras, as instituições têm lá seus problemas, mas são sólidas, e só uma “rataria” minoritária poderia ter ido tão longe. Cabe à PF, ao STF, à PGR e à sociedade brasileira limparem o País desses e outros ratos, para que o pior lado da história não se repita. Ditadura nunca mais!

Eliane Cantanhêde, jornalista

Quem é quem na "rataria"?

Eliane Cantanhêde

Dentre as lições trazidas pela pandemia, está o impulso quase instintivo que as pessoas tiveram em buscar a proximidade com a natureza, esse resgate a valorizar a vida e toda beleza que ela tem a nos oferecer. Ao contrário do que era antes disso, quando buscavam fazer tudo a um passo de casa, como supermercado, escolas, restaurantes, lazer e serviço de uma forma geral nas proximidades de casa, normalmente um apartamento bem localizado em um bairro nobre da cidade.

Hoje, e não por acaso, o contato com áreas verdes se tornou um novo lifestyle e um ativo valiosíssimo no mercado imobiliário. Os condomínios de chácaras que antes eram considerados uma opção de segunda moradia, se tornaram o desejo de muitas famílias para a primeira morada.

Até porque a tecnologia constantemente em evolução acabou consolidando as atividades profissionais remotas ou híbridas. Novos empregos e serviços realizados a distância, como arquitetos, psicólogos, mentores, profissionais de TI, entre outros, já possuem bastante representatividade.

Alguns anos atrás, morar bem significava apenas estar dentro da cidade, próximo de bons equipamentos, poder fazer tudo a pé, desfrutar de gastronomia e cultura no seu entorno. Atualmente eu incluiria nesse rol de lifestyle a natureza em abundância, o que vem sendo entregue pelas propostas imobiliárias em regiões mais afastadas e até mesmo em outros municípios.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de domicílios vagos particulares no país para uso ocasional, aumentou em 70% entre 2010 e 2022, para 6.672.912 de residências. Goiás apresenta números acima da média nesse aspecto. Enquanto no Brasil a porcentagem de imóveis não-ocupados de uso ocasional era de 7,38% do total de imóveis, no Estado ela sobe para 7,67%. Em números são 245.616 domicílios nessa categoria.

Neste contexto, os condomínios de chácaras próximos às cidades e com centralidades de serviços ao seu redor, outrora classificados como segunda moradia ou condomínio de lazer, agora estão se tornando a primeira e principal opção de seus proprietários. E os empreendimentos também perceberam esse novo momento e buscam oferecer melhores condições.

Os novos projetos de condomínios de chácaras vão muito além de ter uma boa portaria, ampla área comum, lazer farto, natureza e segurança. Passaram a incluir também tecnologia como item essencial, internet de alta qualidade e um ecossistema de serviços e conveniência no entorno e, assim, atender os moradores em sua rotina. O mercado imobiliário evolui em seus projetos, ressignificando o lifestyle e trazendo para o público aquilo que de fato importa às famílias.

Dessa forma, as pessoas estão ressignificando a própria vida, a busca pela natureza, o resgate daquilo que é de valor para elas. Assim, a segunda moradia é a primeira, a primeira é a segunda, estamos vivenciando esse novo processo de viver das pessoas.

Ricardo Teixeira, empresário e especialista em mercado imobiliário

Primeira ou segunda moradia?

Ricardo Teixeira

A democracia brasileira foi feriada de morte, entre 1964 e 1985, com a implantação no país do regime militar. Em Goiás, em 26 de novembro de 1964, esse regime fez uma grande vítima, ao depor o governador eleito desse Estado, Mauro Borges Teixeira, certamente uma das figuras políticas mais ilustres e competentes que Goiás já conheceu.

Assim, o governo de Mauro Borges foi apeado do poder por ações autoritárias e violentas de um presidente da República, no uso de atos institucionais, bem característicos da ditadura militar, então vigente no Brasil. No fatídico 26 de novembro e nos dias anteriores, o povo goiano, sob ameaça de tanques, aviões e armas, lotou a Praça Cívica Pedro Ludovico, em frente ao Palácio das Esmeraldas, defendendo desse quadro de violência e atrocidade o seu legítimo governador.

Até hoje, passados 60 anos, vários de nós trazem à lembrança esse marcante episódio da história política de Goiás. Com o golpe militar, assumiu interinamente o governo de Goiás o interventor coronel Meira Matos, com a intenção de desenvolver ações políticas para o afastamento definitivo de Mauro Borges, levantar falsas acusações de corrupção, perseguir os auxiliares de Mauro Borges e seus aliados políticos.

Diante de todos estes fatos arbitrários, a população goiana se escandalizava, pois, nenhuma prova foi apresentada contra o governo goiano deposto. Após uma forte resistência tenaz e enérgica de um grupo de parlamentares estaduais, afirma Borges em uma de suas publicações sobre esse triste ocorrido, a Assembleia Legislativa de Goiás declarou improcedentes as acusações sobre ele, arquivando os inquéritos militares, porém aprovando, sob pressão, a instituição do estado de necessidade, figura jurídica criada pelos interventores golpistas, para justificar a vacância do cargo de governador e assim elegendo o Marechal Emílio Rodrigues Ribas Júnior, o novo mandatário de Goiás.

Mauro Borges passou longos anos longe da vida pública, sem nunca deixar de lado a missão de ajudar o seu povo, cumprindo a herança e os caminhos trilhados por seu pai Pedro Ludovico Teixeira e por sua mãe Gercina Borges Teixeira. O seu governo, com o Plano de Desenvolvimento MB, é até hoje considerado um dos mais moderno do país, ao inaugurar nos estados o conceito de planejamento. Em Goiás, boa parte ainda da estrutura pública estadual, está baseada nesse plano.

Com a abertura democrática, Mauro Borges foi eleito senador, em 1982. Ficou até 1990 no Senado e se elegeu deputado federal, encerrando o seu mandato em 1994, sempre defendendo os interesses de Goiás. Em 29 de março de 2013, Mauro Borges veio a falecer, deixando para a nossa população um legado de honestidade, competência e espírito público a ser seguido pelos goianos.

Hoje, quando lembramos da deposição de Mauro Borges Teixeira, temos uma grande oportunidade de pensar na nossa democracia e na importância desse grande estadista. Inegavelmente, Pedro Ludovico e Mauro Borges honraram seus mandatos, sendo exemplos para o nosso povo e para os políticos.

Desejo que, cada vez mais, as atuais e as novas gerações de goianos conheçam essa história, distinguindo o valor daqueles que ofereceram suas vidas, em favor do desenvolvimento de Goiás. Que assim seja!

Paulo Borges Campos Júnior, economista, mestre em História e doutor em Ciências Ambientais pela UFG&nbsp;

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O golpe em Goiás

Paulo Borges Campos Júnior

Em um mundo em que a velocidade da inovação redefine as bases de como vivemos, trabalhamos e empreendemos, Goiás tem se tornado um laboratório de práticas inteligentes e sustentáveis para impulsionar o desenvolvimento das micro e pequenas empresas (MPEs). No centro dessa transformação está o Sebrae Goiás, que tem como missão promover o crescimento sustentável e competitivo dos pequenos negócios. Avanços tecnológicos, excelência na gestão e responsabilidade social caminham juntos na instituição, moldando um cenário em que a eficiência e consciência se tornam protagonistas.

No Sebrae Goiás, a inovação em processos financeiros e de TI vai além da modernização administrativa; trata-se de uma estratégia para garantir transparência e eficácia na gestão de recursos que apoiam diretamente o setor de pequenos negócios. Desde 2021, temos nos destacado como referência dentro do Sistema Sebrae a nível nacional.

Não é à toa que Goiás atrai comitivas e realiza encontros com outros estados interessados em conhecer mais a fundo esse modelo. Já compartilhamos nossa expertise com Bahia, Roraima, Paraíba, Mato Grosso, Rondônia, Distrito Federal, Tocantins, Amazonas, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Com isso, a instituição não apenas eleva o padrão de gestão, assegurando que cada ação seja precisa e gere o maior impacto possível, como também compartilha esse conhecimento com outros estados para aplicação em nível nacional. A tecnologia aqui é mais que uma ferramenta: é uma base sólida que antecipa o futuro das relações entre o poder público e os pequenos empreendimentos.

Outro ponto fundamental é a responsabilidade orçamentária, que assegura que cada investimento do Sebrae Goiás seja direcionado de maneira inteligente para fortalecer os pequenos negócios. Essa gestão eficaz de recursos reflete um compromisso real com o desenvolvimento sustentável, oferecendo uma base sólida para um crescimento consistente e de longo prazo do ecossistema de negócios. Como parte de sua missão, o Sebrae também defende os interesses dos pequenos empreendimentos, articulando junto ao poder público a criação de políticas e melhores condições de mercado e de acesso a serviços essenciais para seu pleno desenvolvimento.

Além de ter sempre a inovação de seus processos como missão, o Sebrae Goiás investe na formação de gerações empreendedoras, incentivando talentos que transformarão o mercado com criatividade e compromisso. Esse trabalho de base prepara jovens empreendedores e colaboradores dispostos a inovar, construindo um mercado adaptável às rápidas mudanças de um mundo globalizado e em permanente evolução.

Em tempos de transformação constante, o Sebrae Goiás projeta um modelo de desenvolvimento que integra inovação, sustentabilidade e responsabilidade, colocando o estado como referência de um empreendedorismo que alia tecnologia, ética e propósito. Em Goiás, o futuro dos pequenos negócios é desenhado com inteligência e visão, tornando-se um exemplo para outros estados e promovendo um modelo de mercado mais equilibrado e visionário.

João Carlos Gouveia, diretor de Administração e Finanças do Sebrae Goiás