Em muitas ocasiões mata-se o elefante para pegar uma pulga que nele está alojada. Isso virou rotina ultimamente na área jurídica para efeito de comparação analogicamente. Posso apontar, como exemplo, a questão do tráfico de drogas em que os grandes infratores, os tubarões, não aparecem e quando surgem muitas vezes são beneficiados e sobra só para os badecos uma punição. Muitos traficantes reincidentes são colocados em liberdade se beneficiando da lei e voltam ao tráfico na maior tranquilidade do mundo e rindo dos trouxas. Ora, todos eles, tubarões e badecos, deveriam ser responsabilizados na medida de sua culpabilidade. Outro exemplo é o crime de colarinho branco. O doutor Celso é beneficiado pelas brechas da lei, na contratação de grandes bancas de advocacia (o que a meu ver tem todo o direito) com um garantismo exagerado, sendo que o Zé da Carroça sempre leva chumbo. O grandão, poderoso, sai beneficiado e o menor não fica ileso de uma reprimenda. Aí também está a situação de executar o animal de grande porte para pegar um minúsculo inseto que nele está alojado.