A proposta de reduzir a jornada de trabalho por imposição legal, como sugerem diversas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) em tramitação no Congresso Nacional, parte de uma intenção legítima: melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. No entanto, quando analisada sob a ótica da produtividade, competitividade e sustentabilidade econômica, essa medida revela-se prematura e potencialmente prejudicial ao País. O Brasil não está preparado para implementar uma redução de jornada por lei sem comprometer sua competitividade. Países que reduziram o tempo de trabalho semanal o fizeram de forma gradual, negociada e acompanhada por aumento de produtividade acumulado ao longo dos anos. Não é o caso do Brasil, que enfrenta produtividade estagnada e ocupa a 100ª posição em produtividade por empregado e a 91ª posição em produtividade por hora, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).