Se a “química” entre Donald Trump e Lula surpreendeu todo mundo, inclusive eles próprios, a “química” entre os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, parece que não anda nada boa depois que os senadores sepultaram a PEC da Bandidagem, ops!, da Blindagem, e atropelaram a Câmara na aprovação da isenção do IR até R$ 5 mil por mês. Alcolumbre assume a liderança para derrubar o que é contrário e aprovar o que é favorável aos interesses da sociedade, deixando Motta na constrangedora situação de quem faz o contrário: deixa a isenção do IR para lá e dá prioridade a uma PEC que livra a cara de parlamentar corrupto, tornando o Congresso um chamariz para chefes de organizações criminosas ávidos por impunidade. A reação contra a PEC foi imediata e potente, a ponto de deputados gravarem vídeos pedindo desculpas pelo apoio a ela e evoluir para as manifestações de domingo passado, com os grandes nomes da música no Rio e milhares de pessoas em todas as capitais dizendo “não” à blindagem parlamentar e à anistia para quem articulou e tentou um golpe de Estado.