A maioria dos candidatos à prefeito nos 5.570 municípios brasileiros, deve perder o sono com duas grandes preocupações: conquistar os votos e escolher o vice. São articulações com partidos e candidatos envolvendo acordos nervosos, com cláusulas supervalorizadas. Se a chapa é vitoriosa, o cenário é outro e os compromissos mudam de endereço no reloteamento do Prefeito. Daí, os desgastes e as consequentes dissidências. Em 1960, o Senador por Massachusetts, John Kenedy, foi indicado por seu partido - o Democrata - à Presidência dos Estados Unidos. Já o Republicano apostou no então Vice-Presidente de Dwight Eisenhower, Richard Nixon. Kennedy reuniu um corpo de consultores de excelência, com especialidades na geopolítica e com visões plurais para a escolha de seu Vice. Após avanços e recuos, o anúncio: Habemus vice! O nome menos doloroso foi o de Lyndon Johnson. No tabuleiro do Democrata a atenção era muito voltada para a religião que, nos Estados Unidos, tinha peso de decisão. Como Kennedy era católico, Johnson vinha somar porque professava a fé Discípulos de Cristo. Uma parceria que juntava a fome com a vontade de comer. E Johnson tinha muito apetite.