O sentimento em Goiânia é de que a capital se tornou a cidade do “já foi”. Já foi referência em qualidade de vida, já foi um centro de saúde pública para o estado, já foi o motor do desenvolvimento na Região Metropolitana. Hoje, infelizmente, Goiânia não representa mais aquela cidade dos sonhos dos goianos e, principalmente, dos goianienses. Há anos, Goiânia ocupava uma posição de destaque econômico no estado. Agora, sua participação no Índice de Participação dos Municípios (IPM) está em queda contínua. Para 2025, a estimativa é de apenas 13,01%, um contraste gigante com os 30% que a capital já deteve. Enquanto isso, cidades vizinhas como Goianira, Trindade e Aparecida de Goiânia ampliam suas fatias no IPM, impulsionadas por gestões que apostaram no desenvolvimento produtivo. Essa perda de relevância econômica traz consequências severas: menos recursos para saúde, educação e infraestrutura. A falta de investimentos em Cmeis, iluminação pública, mobilidade urbana e coleta de lixo reflete o impacto direto desse declínio, que compromete o desenvolvimento humano e deixa Goiânia refém de repasses federais ou empréstimos a juros altíssimos.