Quiseram os deuses, o destino, as circunstâncias e a história que fosse justamente um “mau militar”, cadete medíocre e capitão insubordinado, o agente do que nem os grandes juristas ou políticos haviam conseguido até este 2025: prisão, desonra e desgraça de oficiais das maiores patentes por tentativa de golpe de estado. Quem condenou generais, um tenente-coronel e um almirante, além de dois delegados federais, não foi Alexandre de Moraes, foi Jair Bolsonaro. Depois de atribulados anos de caserna e insossas décadas de Congresso defendendo golpes, torturadores e assassinatos políticos, Bolsonaro chegou à Presidência botando gente na rua contra a democracia, até em plena pandemia de Covid, e enchendo o Planalto de generais e usando seu ajudante de ordens para cooptar o que chamava de “meu Exército”, enquanto os filhos alardeavam que bastava um cabo e um soldado para fechar o Supremo.