Na falta de munição do governo, e de diálogo entre Lula e Trump contra os ataques americanos, quem toma as rédeas da resistência aos EUA é o Supremo, buscando uma agora incerta união interna e articulando reações consensuais contra as ameaças que vêm de fora: de Trump e da família Bolsonaro. Sem citar a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, mas evidentemente em resposta a ela e aos EUA, o ministro Flávio Dino decidiu que leis e determinações estrangeiras não têm valor contra brasileiros, bens e empresas instalados no Brasil e acordos jurídicos selados no País. A violação dessas regras, acentuou, configura “ofensa à soberania nacional, à ordem pública e aos bons costumes”. A decisão de Dino vem após um acordo no STF para antecipar o fim do julgamento de Bolsonaro e dos demais integrantes do “núcleo crucial” do golpe. Como apurou Carolina Brígido, do Estadão, trata-se de medida preventiva para o caso de Luiz Fux pedir vistas e tentar empurrar a conclusão para 2026, ano eleitoral. Com a nova data, 12/09, o julgamento será encerrado ainda em 2025, mesmo se houver pedido de adiamento. Fux nega a intenção, mas o seguro morreu de velho.