O filósofo Hegel, em Fenomenologia do Espírito, entona: “desejar significa desejar ser reconhecido”. Sustenta o autor, que se a consciência individual buscar obter esse reconhecimento, o que daí deriva é um conflito entre as diversas consciências. O resultado será uma exclusão mútua. A dialética senhor-escravo de Hegel mostra que o senhor luta até o fim pelo reconhecimento; enquanto o escravo que renuncia a ser reconhecido, salvando o seu ser biológico, reconhece sua natureza pelo ato de transformá-la, via ação direta em produção de coisas (para o senhor, por ex.) e, reconhecendo-se em si, reconhece-se como ser humano. Já o senhor, por não transformar a natureza, não se vê transformando-se e não se vê como ser humano. Em que pese, em Hegel, o escravo adquirir consciência de sua liberdade apenas idealmente, penso que seu ensaio contribui para expressar o momento que vivem as/os docentes da UEG.