A criatividade é uma das faculdades mais valorizadas nas pessoas, pois nos permite resolver problemas de forma eficiente, imaginar soluções inovadoras e ver o mundo sob diferentes perspectivas, mas quantificar a criatividade sempre foi um desafio da terapia e o desafio para psicologia. E o campo da saúde mental tem se interessado, cada vez mais, pela relação entre criatividade e bem-estar emocional e mental. Hoje, já sabemos que atividades simples — como desenhar, escrever, canto, tocar um instrumento, pintar, confeccionar bijuterias ou até cultivar um jardim — são formas potentes de autocuidado, capazes de gerar efeitos significativos na redução do estresse, ansiedade e depressão. Em uma sociedade que exige cada vez mais tomadas de decisão e proatividade, a criatividade é essencial na vida adulta para resolver desafios pessoais e profissionais. A educadora e especialista em neuropsicologia e especialista em Neurociência aplicada à Educação pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, a Dra. Katia Chedid afirma que o cérebro humano, ao contrário daquele de outros animais, têm a capacidade de criar inúmeras possibilidades para resolver um problema. Isso acontece principalmente porque existe um espaço entre o estímulo inicial e a nossa ação de resposta.