Estamos vivendo a Semana Santa, que – como celebração do que Jesus viveu nos últimos dias de sua vida terrena – surgiu no 4º século da era cristã. O Cristianismo herdou do Judaísmo o caráter da memória, da recordação, atualização e vivência dos fatos históricos centrados na encarnação, vida, paixão, assassinato e ressurreição de Jesus. A Semana Santa é a memória celebrativa do caminho martirial feito por Jesus, que cresceu em Nazaré da Galileia, foi morador de rua, migrante, refugiado e exerceu sua vida pública por apenas três anos. Os principais fatos que celebramos na Semana Santa são: Jesus montado num jumentinho – o que jamais um rei faria –; Jesus lavando os pés de quem o seguia; repartindo o pão; sendo condenado como subversivo e criminoso por ordem de dois poderes – o romano e o judaico –; Jesus preso, torturado, assassinado e sepultado e, ressuscitado aparecendo à Maria Madalena; sim, àquela, cujo passado era considerado duvidoso e a quem Ele a encarregou de espalhar a boa notícia da ressurreição.