Fernando Haddad vem evoluindo: de professor a político (se isso é exatamente evoluir…), de prefeito a candidato a presidente, de ministro da Educação a ministro da Fazenda, de articulador político a psicólogo do presidente da República, o único capaz de botar o guizo no gato. Como não é fácil ultrapassar barreiras e driblar adversários no governo, Haddad reuniu uma tropa para a missão de convencer o teimoso Luiz Inácio Lula da Silva de que é um péssimo negócio guerrear contra a razão. É real o impacto de fatores externos, principalmente da economia americana, na disparada do dólar, mas é negacionismo puro desconsiderar o efeito das sucessivas manifestações de Lula contra corte de gastos, equilíbrio fiscal, Banco Central, política de juros e Roberto Campos Neto. Lula fala, o dólar sobe e depois ele atribui a subida a “ataque especulativo” e cobra intervenção do BC no câmbio.