Por 2 anos acompanhamos em tempo real um massacre sobre a população civil em Gaza. A ação, que explodiu a partir de um ataque terrorista do Hamas contra a população israelense, no intuito de aprisionar civis que serviriam como base de troca por palestinos presos por Israel, transformou-se numa carnificina, que resultou em mais de mil mortos e centenas de pessoas sequestradas. Justificando o direito de defesa, o governo de Israel desencadeou uma ofensiva violenta que resultou em mais de 60 mil mortos – número que deve ser muito maior, visto que sob os escombros de Gaza centenas de corpos apodrecem sem que sejam contabilizados. Mas é simplista temporalizar em dois anos um conflito que dura mais de sete décadas, a partir da criação do Estado de Israel. Historicamente podemos retroceder mais no tempo, ao final da 1ª Guerra Mundial, quando o império turco-otomano derrotado viu seus domínios no Oriente Médio serem divididos entre os países vitoriosos, Inglaterra e França. Com a 2ª Guerra Mundial, a região passou a ser influenciada pela União Soviética.