O Supremo Tribunal Federal (STF), através do seu decano, noticiou que discute com os outros Poderes da República a formulação de uma lei antiembargos para proteger autoridades brasileiras de sanções internacionais. Mas, o que está por trás dessa inciativa? Ora, o STF enfrenta, já de algum tempo, críticas quanto à sua atuação, seja pela percepção popular de decisões monocráticas excessivas, seja pela falta de clareza em precedentes ou por questionamentos éticos e sinais de tendenciosas preferências político-partidário-ideológicas de seus pares. Essas intercorrências ecoam, com grande profusão e, especialmente, em debates sobre a judicialização da política e o ativismo judicial, rumo a um insuperável dilema entre a expansão legítima do controle constitucional e o risco de substituição do legislador por juízes.