Em 2020, com a pandemia de Covid-19, o contexto de mobilidade urbana foi posto em xeque. Afinal, trata-se de um modelo excludente do ponto de vista social e econômico, poluente e causador de sinistros de trânsito. Por outro lado, incentiva-se o transporte individual motorizado (carros e motos), com subsídios diversos, tais como a indústria automobilística, combustíveis, construção e manutenção de vias etc., enquanto o transporte público coletivo é financiado basicamente pela tarifa, onde só pagam os usuários e não todos os beneficiários e que se tornou insustentável economicamente. A situação vinha piorando década após década e se agravou a partir da crise econômica de 2015 e da chegada dos aplicativos de passageiros. Com a pandemia, o sistema entrou em colapso, e muitas prefeituras passaram a criar subsídios como estratégia de enfrentamento do problema.