As pessoas não deixam de aplaudir as boas conquistas. Quando lamentam, é pela ausência delas ou pela falta de continuidade no aprimoramento e crescimento daquilo que se conquistou. Estamos celebrando os 25 anos de uma significativa conquista: A UEG, instituição que surgiu de ideais pioneiros que atenderam a uma grande expectativa da gente anapolina. E da gente goiana, certamente.

A UEG, que já fez uma admirável história, valorizando vocações e abrindo novos caminhos para o desenvolvimento, precisa continuar acesa e reluzente, melhorando ainda mais sua qualidade de ensino com professores devidamente valorizados e em ambientes tecnológicos e laboratoriais mais avançados para facilitar e modernizar a transmissão de conhecimento. E também, é claro, para a expansão de seu alcance a mais e mais jovens que precisam desse braço para complementar sua educação.

Anápolis, particularmente, como polo da maior importância para a economia brasileira, não pode prescindir desse valioso instrumento como alicerce para a formação da vida. E, na condição de deputado estadual, estamos, no mandato, com os olhos e o coração voltados para Anápolis e seus valores, como sempre estivemos. E enxergamos na UEG parte relevante do acervo de bens culturais que requer e terá o nosso mais dedicado tratamento.

Estamos andando pelo estado, visitando suas unidades, conversando com professores e alunos, ouvindo suas demandas, analisando as tendências de crescimento regional e avaliando suas urgências. Entendemos que cortes na educação abrem fendas profundas no futuro de milhares de jovens que podem perder o estímulo no curso de sua mais decisiva caminhada. Com essa percepção, temos de fortalecer a UEG como vetor de desenvolvimento de Anápolis e de Goiás.

Nunca perdemos de vista os tempos de criação da UEG, que foi resultante da fusão da Universidade de Anápolis- Uniana, com a ESEFEGO- Escola Superior de Educação Física de Goiás, e de faculdades isoladas no interior do Estado. Esse objeto de tantas lutas, consolidado em real patrimônio dos goianos, não pode perder seu rumo nem aceitar seu encolhimento.

Parabéns à UEG pelos seus 25 anos de vida. Reafirmamos nosso posicionamento aos defensores da Universidade como um caminho para a emancipação dos jovens, para o progresso da ciência e para o desenvolvimento econômico e social e intelectual de nossas cidades. Essa realidade impõe reverência à história e compromisso com o presente e com o futuro de todos que vivem em Goiás. Quando trabalhamos pela educação estamos contemplando a saúde, a segurança, o emprego, a renda das famílias, logo, o bem estar social, com o conceito de uma universidade goiana pública.

Vislumbramos muitas tarefas pela frente na consolidação de novos avanços. E já estamos nos aquecendo para os próximos movimentos que a comunidade espera de nós. E entre as ações inadiáveis, ressaltamos, a luta pelo crescimento dos servidores, com melhores condições de trabalho, a qualificação dos alunos, a atenção especial à estrutura física da universidade, e a cobrança insistente de uma atenção pública voltada para UEG, com garantias de sua integridade e de seu necessário crescimento, garantindo autonomia financeira e administrativa.

Precisamos de todos nesta caminhada.

Antônio Gomide é deputado estadual (PT)

UEG é patrimônio de todos

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Antônio Gomide

O acordo político que levou o Partido Liberal (PL) em Goiás a não recorrer da decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) que devolveu a <a href="https://opopular.com.br/politica/pl-decide-n-o-recorrer-e-ac-o-por-inelegibilidade-de-caiado-e-mabel-e-encerrada-1.3252703" target="_blank">elegibilidade do governador Ronaldo Caiado</a> (UB), divulgado pelo POPULAR na manhã desta terça-feira (15), indica movimento de reaproximação entre a base governista e o partido, que, ao menos por enquanto, continua na oposição. O avanço é tratado com cautela por envolvidos nos dois lados, mas a expectativa é confirmada, por exemplo, pelo prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), que também era alvo da ação.

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A decisão do PL, tomada na noite de segunda-feira (14), finaliza o processo que resultou na inelegibilidade provisória de Caiado, até o julgamento realizado em 8 de abril, em que a corte também rejeitou a cassação de Mabel e de sua vice, Cláudia Lira (Avante). Parte na ação, o ex-candidato à Prefeitura, Fred Rodrigues (PL), apontou nesta terça (15) que a desistência ocorreu depois de conversa com o governador e o prefeito.

Para Mabel, o acerto para o encerramento da batalha jurídica pode ser interpretado como um sinal, em relação à própria base em Goiânia e à provável candidatura do vice-governador Daniel Vilela (MDB) ao governo estadual, no próximo ano. “Pode ser um sinal, porque a gente já vinha fazendo uma aproximação com os vereadores. Já estávamos discutindo e eles já têm ajudado a gente com algumas coisas. Então, vamos trabalhar nisso aí”, aponta.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/pl-decide-n-o-recorrer-e-ac-o-por-inelegibilidade-de-caiado-e-mabel-e-encerrada-1.3252703" target="_blank">PL decide não recorrer e ação por inelegibilidade de Caiado e Mabel é encerrada</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/lider-do-pl-protocola-requerimento-de-urgencia-de-projeto-da-anistia-pelo-8-1-1.3252484" target="_blank">Líder do PL protocola requerimento de urgência de projeto da anistia pelo 8/1</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/pt-vai-sair-mais-forte-e-construir-aliancas-em-goias-1.3252257" target="_blank">'PT vai sair mais forte e construir alianças em Goiás'</a></div>

“Para o Daniel, nós estamos costurando tudo o que se pode costurar para formar uma frente ampla igual o Caiado fez e seria bom se eles viessem junto. É claro que no meio disso tudo tem um problema para o Wilder e eles devem estar avaliando isso também, porque pode ser que ele saia candidato”, reforçou o prefeito de Goiânia.

Depois da divulgação do encontro pelo POPULAR, Fred Rodrigues confirmou o tema da conversa. “O governador fez um pedido para que não recorrêssemos da decisão do TRE e, diante do cenário atual no Brasil, o PL decidiu que a melhor opção é focar a energia em outras batalhas”, afirmou o ex-deputado estadual.

O acordo para o fim da ação contra Caiado e Mabel passou pelo apoio direto do governador ao <a href="https://opopular.com.br/politica/lider-do-pl-protocola-requerimento-de-urgencia-de-projeto-da-anistia-pelo-8-1-1.3252484" target="_blank">projeto de lei que anistia</a> os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, que também poderá incluir benefício ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se tornou réu no SUpremo Tribunal Federal (STF) em 26 de março. “O PL tem hoje como sua prioridade número 1 a anistia humanitária para os presos do 08 de Janeiro”, reforçou Fred Rodrigues.

Não por coincidência, 14 membros da bancada federal goiana assinaram o pedido de urgência para a tramitação do texto na Câmara dos Deputados. As exceções foram os três membros da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): Rubens Otoni (PT), Adriana Accorsi (PT) e a liíder da bancada, Flávia Morais (PDT).

Nos bastidores, se reforçou a visão de uma reaproximação, tanto por integrantes do PL quanto caiadistas. “Não tenho problema nenhum com eles, pelo menos da minha parte. Até porque eu sou ligado aos vereadores. Inclusive os vereadores já estão ligados à gente e nós os consideramos da base, vamos chamar assim. Então, não tem problema nenhum. Assim como não tem problema com os deputados estaduais. Fui 10 anos líder do partido e agente acaba gostando”, disse Mabel.

<h2>Campanha</h2>

Fred Rodrigues conta que reforçou com Caiado que “os exageros da campanha não devem ser repetidos e que as demais animosidades devem ser cessadas”. A ação do PL, apresentada ainda durante a disputa, no decorrer do segundo turno na capital, acusava abuso de poder político pela realização de jantares com aliados no Palácio das Esmeraldas, residência oficial do chefe do Executivo, durante a campanha de 2024.

Em dezembro, a juíza eleitoral Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral de Goiânia, decidiu pela inelegibilidade por oito anos de Caiado, Mabel e Cláudia. No julgamento de 8 de abril, o TRE-GO entendeu que houve prática de condutas vedadas pela legislação eleitoral, mas as sanções determinadas em primeiro grau foram consideradas desproporcionais. Com isso, a decisão do tribunal foi aplicar apenas multas a Caiado (R$ 60 mil), Mabel (R$ 40 mil) e Cláudia (R$ 5,3 mi).

Fred Rodrigues ainda apontou que a atuação do PL “continuará independente” e que o partido tem a pré-candidatura a presidente de Bolsonaro e o senador Wilder Morais como pré-candidato a governador, além de citar o deputado federal Gustavo Gayer como pré-candidato ao Senado.

“Esta é uma decisão que o PL toma com bastante ponderação após uma intensa e desgastante disputa na Justiça Eleitoral regional. Mas ficou claro que continuar essa disputa em nível nacional causaria mais prejuízos do que benefícios aos patriotas que estão sofrendo injustamente nas prisões, tirando o foco do nosso objetivo maior que é o de colocar Bolsonaro na presidência em 2026”, finalizou.

<h3>Desconfiança</h3>

Apesar da garantia de manutenção de postura independente, mesmo com o fim das animosidades, membros do PL mantêm desconfiança sobre a possível aproximação com o Palácio das Esmeraldas.

“A primeira questão que eu analisei sobre esse acordo foi essa possível aproximação. Embora digam que não passa por isso e eu espero que a candidatura do Wilder esteja mantida. Em penso que o acordo não representa o eleitor do PL, depois de tantas divergência com a forma do Caiado fazer política. Se esse acerto passar por 2026 para a formação de uma aliança assim com Caiado e Daniel Vilela, eu adianto que não concordo e vou continuar na oposição”, afirmou o deputado estadual Major Araújo (PL).

Desistência do PL em ação sinaliza reaproximação com governo

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Eleições 2026

Caiado decide aderir ao Propag mesmo com veto de Lula

Regras para a renegociação

O secretário estadual da Economia, Francisco Sérvulo, afirmou, nesta terça-feira (15), que o Executivo deve enviar “o mais breve possível”, à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), os projetos de lei para a saída de Goiás do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que cria nova política de <a href="https://opopular.com.br/politica/senador-cobra-entendimento-para-votar-propag-1.3250401" target="_blank">renegociação de débitos</a> com a União.

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Sérvulo disse que o estado quer agilidade no processo. O governo federal divulgou, na segunda-feira (14), as regras para a entrada dos estados no novo programa. O secretário evitou cravar uma data para envio das matérias, porque pretende se reunir com técnicos da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para tirar dúvidas sobre o processo. A adesão pode ser feita até 31 de dezembro de 2025.

De acordo com Sérvulo, o projeto de lei para <a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-decide-aderir-ao-propag-mesmo-com-veto-de-lula-1.3223827" target="_blank">autorização da entrada de Goiás no Propag</a> também deve conter quais ativos o estado pretende entregar ao governo federal para amortizar parte das dívidas. O auxiliar informou que devem constar na lista a cessão de direitos do estado para a União de parte da dívida ativa e recursos da compensação de perdas da Lei Kandir.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-decide-aderir-ao-propag-mesmo-com-veto-de-lula-1.3223827" target="_blank">Caiado decide aderir ao Propag mesmo com veto de Lula</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/governador-diz-que-ades-o-ao-propag-ainda-n-o-tem-prazo-1.3227158" target="_blank">Governador diz que adesão ao Propag ainda não tem prazo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/senador-cobra-entendimento-para-votar-propag-1.3250401" target="_blank">Senador cobra 'entendimento' para votar Propag</a></div>

Sérvulo destacou que os dois itens têm menor possibilidade de contestação. Se o estado optasse pela entrega de participação acionária ou imóvel, por exemplo, era necessário aguardar a União manifestar se há interesse. Questionado sobre a possibilidade de negociação relacionada à Saneago, o secretário disse que não há discussão envolvendo a empresa. A lei com autorização de venda de até 49% da estatal foi aprovada pela Alego em 2019.

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<h2>Regras</h2>

O Propag muda a regra de cobrança de juros das dívidas dos estados com a União. O cálculo atual leva em consideração a taxa básica de juros (Selic). No Propag, a atualização ocorrerá pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais juros reais entre 0 e 2% (a variação é definida de acordo com a aplicação de recursos em áreas prioritárias).

Quanto à entrega de ativos, a medida pode ser usada para amortizar até 20% do saldo devedor. Além da dívida ativa, também podem ser usadas participações societárias; créditos junto a bancos, União; bens móveis e imóveis; recebíveis de petróleo e outros.

Segundo as regras divulgadas pelo governo federal, o ente que decidir aderir ao Propag deverá limitar o aumento das despesas primárias à inflação mais 50% ou 70% da variação real positiva da receita primária. O prazo é de 12 meses após a assinatura do contrato. Atualmente, por causa do RRF, Goiás está submetido ao teto de gastos estabelecido pelo regime, que cresce considerando a inflação.

O estado que aderir ao Propag deve, em contrapartida, aplicar de 0,5% a 2% do saldo devedor em Educação, infraestrutura, segurança pública, produtividade e enfrentamento a mudanças climáticas. No caso da Educação, o objetivo do governo federal é aumentar os investimentos em ensino profissionalizante. Os estados devem aplicar entre 1% e 2% do saldo devedor no Fundo de Equalização Federativa (FEF). A verba será redistribuída entre participantes do programa.

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<h3>Trâmite</h3>

Para entrar no Propag, o estado deve encaminhar ao Tesouro Nacional um ofício com manifestação do chefe do Executivo; indicação, se for o caso, de ativos a serem entregues (com as respectivas leis); e lei que trata sobre a <a href="https://opopular.com.br/politica/governador-diz-que-ades-o-ao-propag-ainda-n-o-tem-prazo-1.3227158" target="_blank">adesão ao programa.</a> No caso dos estados que estão no RRF, também deve ser anexado pedido de saída do regime.

Além de Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais também estão no programa. Estes estados terão incremento gradual do pagamento das prestações das dívidas. No primeiro ano, o porcentual será de 20%. A cada exercício o número cresce 20%, até chegar em 100% no 5º ano. Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Goiás serão beneficiados pela medida. Em 2025, pagam 33,33%.

Isso ocorre porque, ao aderir ao RRF, em 2022, Goiás teve a suspensão total do pagamento naquele exercício. Em seguida, passou a quitar 11%, com aumento gradual, de 11 pontos porcentuais, a cada exercício. O aumento continuaria no mesmo patamar até a saída do estado do regime.

A migração de Goiás do RRF para o Propag é tratada como possibilidade pelo governo estadual desde o ano passado. O programa foi aprovado no Congresso Nacional em 2024, mas foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com vetos. O governo federal já informou que não trabalha com cálculos que levem em consideração a possibilidade de o Congresso derrubar os vetos.

Na apresentação das regras do Propag, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, destacou que o endividamento dos estados que aderiram ao RRF piorou. Os dados da pasta mostram que, em 2021, a dívida de Goiás era de R$ 11 bilhões e representava 37% da receita corrente líquida (RCL). O cenário atual é de R$ 18 bilhões em dívidas, 44% da RCL.

Ceron argumentou que, embora o RRF tivesse como intuito ajudar os entes no processo de reestruturação fiscal, o cenário acabou “tornando o processo de endividamento ainda mais complexo e piorando ainda mais a insustentabilidade dessas dívidas”.

Sérvulo destacou que a situação não é sustentável por causa da correção da dívida pela Selic. “De 2020 para cá a Selic registrou tendência de crescimento. Hoje, é 15%. Veja a correção desse saldo devedor. Não tem como fazer um esforço fiscal que consiga reduzir essa trajetória.”

<h3>Base e oposição juntas</h3>

A possibilidade de saída de Goiás do RRF e <a href="https://opopular.com.br/politica/governador-diz-que-ades-o-ao-propag-ainda-n-o-tem-prazo-1.3227158" target="_blank">adesão ao Propag</a> uniu apoiadores do governador &nbsp;e do presidente Lula (PT), na sessão da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) desta terça-feira (15).&nbsp;

O líder do governo, Talles Barreto (UB), disse que conversou com o secretário da Economia, Francisco Sérvulo, e afirmou que o tema ainda deve ser avaliado pelos técnicos da pasta por cerca de 20 dias. “Faço questão de dar essa notícia. Acredito que deve chegar aqui na Casa um projeto, no início de maio, para saída do RRF, e ao mesmo tempo, um novo projeto pedindo a entrada para o Propag”, afirmou.

Mauro Rubem (PT) também comemorou a regulamentação do Propag, destacando a iniciativa do governo federal de “criar condições melhores para que os estados possam ter um processo de investimento maior”. Rubem argumentou que diversos estados enfrentam problemas de endividamento. O petista também mencionou que as dívidas de Goiás não foram contraídas na gestão do governador Ronaldo Caiado (UB).

O tema foi elogiado por outros deputados, como Karlos Cabral (PSB) e Wagner Neto (SD), que fizeram elogios a Caiado. Cabral classificou a medida como “alento” e libertação “de amarras”. Wagner Neto mencionou a importância de usar a oportunidade para aumentar os investimentos em infraestrutura.

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Governo de Goiás prepara projetos para adesão ao Propag

Renegociação de dívidas

Uma nova fronteira do agronegócio tem se consolidado em Goiás: o Vale do Araguaia, também já considerado importante polo de irrigação agrícola do nosso estado. Embora ainda muitos desconhecem, a região já desempenha um papel fundamental para o agro de Goiás e do Brasil.

Atualmente, no Vale do Araguaia se planta mais de 2 milhões de hectares com soja e mais de 1,5 milhão de hectares com milho. Além de outras culturas. Mas nas próximas duas décadas pode alcançar uma produção anual de 8 milhões de hectares.

A região ainda possui mais de 5 milhões de hectares com pastagens, sendo que a metade está em áreas propícias para a agricultura. Ou seja: o agro goiano tem enorme potencial de crescimento no Vale do Araguaia, que poderá consolidar Goiás como a terceira maior força agrícola do Brasil.

O que terá forte impacto na economia do estado. Segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto de todos os municípios que compõem o Vale do Araguaia é superior a R$ 22 bilhões. É maior que as economias de Roraima, do Acre ou do Amapá.

Em Goiás, a região compreende os municípios de Araguapaz, Aruanã, Bonópolis, Britânia, Crixás, Faina, Matrinchã, Mozarlândia, Mundo Novo, Nova Crixás, Novo Planalto, Santa Fé de Goiás, São Miguel do Araguaia e Uirapuru.

Além da grande disponibilidade de terras, outro fator decisivo para que o Vale do Araguaia se destacar no agronegócio é seu potencial hídrico. Com irrigação, podemos transformar uma área de pastagem degradada e produzir três vezes mais que em área não irrigada.

Mas, apesar de estar se tornando rapidamente na maior fronteira do agronegócio brasileiro, o Vale do Araguaia ainda enfrenta desafios. O maior deles é com a energia elétrica. Muitos produtores ainda têm de usar geradores, o que aumenta o custo de produção. Para muitos, se torna inviável.

Uma força-tarefa envolvendo os produtores e prefeitos da região, juntamente com o governo de Goiás e a Equatorial Energia, tem buscado solução. Mas, para isto, depende da boa vontade da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Outro gargalo é a com a malha logística, especialmente a rodoviária. O que, felizmente, tem sido resolvido com os investimentos do Estado. Em poucos anos, também contaremos com a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), que certamente dará novo impulso ao agronegócio da região.

O Vale do Araguaia está situado em uma das principais bacias hidrográficas brasileiras. Especialmente a do rio Araguaia. O agro na região trabalha com duas premissas claras: preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

A preservação da vegetação é muito importante para a regularidade da vazão dos rios, manter as nascentes e contribuir para o equilíbrio da fauna na região. Sem isto, não existe agricultura sustentável.

O Vale do Araguaia vai se tornar referência no novo agronegócio brasileiro. Pode chegar, em pouco tempo, a 6 milhões de hectares plantados sem derrubar uma única árvore, sem desmatar um hectare. Isto está se tornando realidade. E, superados os desafios, vamos avançar muito mais.

Jânio Darrot, empresário e produtor rural em Goiás

Nova fronteira do agro goiano

Jânio Darrot

Há quase nove décadas, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia é um pilar da saúde no Centro Oeste. Primeiro hospital da capital, surgiu três anos após sua fundação. Sua natureza filantrópica a coloca em posição singular onde a dedicação ao bem-estar se sobrepõe à lógica do lucro.

Ao longo de sua história, tem sido um farol de esperança para milhares de pacientes, oferecendo desde cuidados básicos até procedimentos complexos em especialidades como oncologia, cardiologia, neurologia, gastroenterologia e urologia. A excelência do corpo clínico e a diversidade de serviços fazem da Santa Casa uma referência não só para Goiânia, mas para outros municípios.

O que comprova que a importância da instituição transcende os números de atendimentos ambulatoriais, internações e urgências. Representa um elo vital da rede pública de saúde, sobretudo para os mais vulneráveis.

Na última semana, seu papel foi reconhecido na Assembleia Legislativa de Goiás. Em pronunciamento alusivo ao Dia Mundial de Combate ao Câncer, o deputado Paulo Cezar Martins destacou a relevância da instituição e fez um apelo para que o governo priorize a destinação de recursos à manutenção e ampliação dos serviços prestados.

A ala de oncologia da Santa Casa é exemplo de cuidado e dedicação. Há mais de 30 anos, pacientes com câncer recebem ali não só tratamento médico especializado, mas também apoio humanizado. Os atendimentos ocorrem em área específica para reduzir riscos de infecção, e mesmo após a alta há acompanhamento constante, com retornos periódicos.

No entanto, manter um setor tão complexo exige recursos contínuos. Daí a urgência do apelo do deputado. A Santa Casa não pode depender apenas da filantropia individual. As doações da sociedade são importantes e mostram reconhecimento, mas garantir saúde à população é, sobretudo, dever do Estado e do município.

A destinação de verbas públicas adequadas é essencial para assegurar a continuidade dos atendimentos, modernizar equipamentos e manter uma equipe qualificada. Em suma, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia é a expressão viva dos valores de solidariedade e cuidado ao próximo. Seu legado de quase 90 anos comprova o impacto positivo que uma instituição filantrópica pode ter na vida das pessoas. O pronunciamento do deputado Paulo Cezar Martins reforça que o reconhecimento precisa se transformar em políticas públicas efetivas.

É indispensável que o poder público, a sociedade civil e a própria Santa Casa atuem de forma conjunta para que a instituição siga firme em sua missão de acolher e tratar quem mais precisa, mantendo-se essencial no cenário da saúde goiana.

Irani Ribeiro de Moura, médica pediatra, com mestrado em gestão e sistemas de Saúde, é&nbsp;superintendente&nbsp;geral da Santa Casa&nbsp;de Misericórdia de Goiânia

Santa Casa, apoio é urgente

Irani Ribeiro de Moura

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