Dias atrás, o Brasil amanheceu consternado diante da trágica morte do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, vítima de uma emboscada em Praia Grande. Fontes conduziu ações pioneiras e corajosas da Polícia Judiciária contra o crime organizado, em especial no enfrentamento ao PCC. O atentado que ceifou sua vida não é apenas um ataque a um servidor público, mas uma afronta direta ao Estado de Direito e às instituições democráticas do País. A execução premeditada com armamento pesado reforça o que já sabemos sobre a necessidade de respostas duras, eficazes e integradas contra o crime, que não reconhece fronteiras políticas ou territoriais. Mais do que um episódio isolado, esse crime apresenta-se como um alerta estratégico: o enfrentamento ao crime organizado é uma missão de natureza coletiva, que exige ação coordenada entre União, estados e municípios, com o apoio firme do Ministério Público, do Judiciário, do Legislativo e da sociedade civil. Nenhuma instituição, sozinha, será capaz de vencer este inimigo complexo e mutante.