A COP-30, em Belém, tentou redesenhar a política de clima com mutirão que converte promessas em obras e justiça territorial. No Pacote de Belém, 29 decisões se agrupam em cinco eixos: Mutirão Global de Implementação; Objetivo Global de Adaptação, que pergunta quem se protege da crise climática; instrumentos de transição justa que ligam descarbonização a trabalho e proteção; mecanismos para manter florestas e ecossistemas em pé com direitos territoriais; e esforço de recolocar no centro gênero, saúde, juventudes. Nessa arquitetura, 59 indicadores de adaptação funcionam como fio de prumo. Em vez de só medir emissões, perguntam se a vida é protegida em eventos extremos, olhando água, alimento, saúde, ecossistemas, infraestrutura, trabalho, territórios vulneráveis. Voluntários, impõem critério a governos: mostrar onde a adaptação chega em cada território e confrontar discurso com orçamento, obras, prioridades.