Inicialmente, peço – por gentileza - que você não leia este texto com qualquer pressuposto de politicagem barata. Peço que se esqueça (pelo menos durante esta leitura) dessa guerra cultural esquizofrênica que murificou o mundo e nos tornou inaptos para compreensões simples. Este texto é exclusivamente sobre coragem. Escrevo sobre coragem, porque esse valor moral representa a exteriorização de um comportamento muito caro e – infelizmente – cada vez mais ausente em nosso tempo. Pois bem: na última semana, assisti, perplexo, a uma cena pouco protocolar (para não dizer bizarra), na qual, em pleno Salão Oval, houve um show megalomaníaco, de mau gosto e, frontalmente, desrespeitoso com os princípios basilares de diplomacia, protagonizado pelos senhores Donald Trump e James David Vance. É sábio, no entanto, que – de eventos grotescos assim – possamos tirar boas lições. Procurei fazer isso e, para tanto, cito três grandes ídolos: Guimarães Rosa, Sobral Pinto e Josino Pereira.