Em 2022, Gilberto Kassab lançou o senador Rodrigo Pacheco à Presidência da República, em cerimônia transmitida ao vivo, com um único intuito: aguardar a decantação das pesquisas entre os dois candidatos óbvios, Lula e Jair Bolsonaro. Com um pé lá e outro cá, Kassab se apoiou em Pacheco para... ganhar tempo e fazer a melhor aposta. Ratinho Jr., governador bem avaliado do Paraná, é o Pacheco de 2026. Kassab não pula em canoa furada. Vai navegando com ele, enquanto Lula é candidato único e Tarcísio se abriga à sombra, à espera de abrir o tempo e confirmar um quadro eleitoral previsível entre os dois. É a velha esperteza de um político que, chova ou faça sol, está sempre do "lado certo". E qual é esse lado para Kassab? O melhor para o País? De direita? De esquerda? Não. O que tenha maior chance de ganhar. Simples assim. E ele deve estar se divertindo, num ano que começou com Lula sem condições sequer de se lançar, Fernando Haddad saindo da lista de presidenciáveis e o bolsonarismo insistindo em eleger o inelegível.